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Projeto desenvolvido na UFPE é capaz de coletar água contaminada pelo óleo de forma rápida e sem risco de contato direto do coletor
O drone é resultado do projeto de pesquisa do DQF em conjunto com o Lika
Projeto da UFPE e da UFRPE desenvolve equipamento, baseado em drone e robótica, capaz de adquirir amostras de águas contaminadas pelo óleo cru para análise muito mais rapidamente que os métodos convencionais, e sem necessidade de contato direto de profissionais envolvidos na coleta do material oleoso.
Fotos: Divulgação
Professor Vagner (de branco) segurando o drone
Os pesquisadores estiveram na praia do Paiva, por trás do Porto de Suape, e em áreas circunvizinhas ainda manchadas pelo óleo, no dia 30 de outubro, para a coleta de amostras de águas contaminadas, tanto do mar como dos manguezais, destinadas à análise. Na próxima semana, a ação continua com monitoramento e averiguação da dispersão do óleo no mesmo local.
Equipe é formada por docentes da UFPE e da UFRPE e alunos da UFPE
Financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe), o projeto é desenvolvido no Departamento de Química Fundamental (DQF), do Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN), coordenado pelo professor Vagner Bezerra dos Santos, juntamente com os alunos de pós-graduação e graduação em Química, respectivamente, Ian Resque e Lucas Cesar; e também no Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (Lika), da UFPE, com o professor Jones Albuquerque, da UFRPE, e o aluno da Pós-Graduação em Ciência da Computação da UFSCar Lucas Sampaio.
O drone com função robótica, desenvolvido por tecnologia nacional e de baixo custo, atua sobrevoando a área contaminada e utiliza um sistema automatizado de amostragem acoplado, que armazena a água contaminada em frascos adequados para análise. Estes frascos são acoplados ao drone por meio de peças confeccionadas com impressão 3D, produzidas especificamente a este propósito.
Mapa indica locais onde o drone fez a coleta da água
Com esta inovação e tecnologia, pode-se dar um feedback mais rápido sobre a potabilidade das águas afetadas, os seus potenciais riscos e a condição dos corpos hídricos afetados pelo derramamento do óleo, por meio do monitoramento. Outra grande especialidade do drone é a capacidade de coletar amostras em locais de difícil acesso como manguezais, pontos entre rochas, corais etc. Esse aspecto garante autonomia do equipamento, segurança ao profissional coletor e rapidez no processo de apuração das amostragens. Todo o material coletado está sendo armazenado, refrigerado e enviado para análise nos laboratórios do DQF e da UFPE.