Participantes da primeira edição do projeto UFPE no meu Quintal foram recebidos ontem (31) pelo reitor Anísio Brasileiro, em seu gabinete, para uma reunião de apresentação das 27 ações realizadas pelos estudantes no município de Tabira, no Sertão do estado. O projeto de extensão teve a iniciativa de levar universitários de diversas áreas do conhecimento para oferecer minicursos e capacitações no município. No encontro, o reitor elogiou o projeto e perguntou detalhes das ações e experiências dos alunos. “É muito importante que projetos assim aconteçam, porque é uma ponte entre o conhecimento acadêmico e a sociedade, ao mesmo tempo em que traz para a Universidade saberes populares”, disse ele.

Transpassar as fronteiras do conhecimento para além da UFPE foi o que alunos de 18 cursos de graduação fizeram durante o período de férias acadêmicas ao participar do projeto, desenvolvido pela Pró-Reitoria para Assuntos Estudantis (Proaes). Coordenado pelo professor José Eduardo Garcia, diretor do Centro Acadêmico de Vitória (CAV), o projeto contou com a participação de 48 estudantes dos campi Recife e Vitória. Com o apoio da Prefeitura de Tabira, o projeto aconteceu de 16 a 22 de julho e atendeu mais de mil pessoas da população em 27 ações das áreas de: Cultura, Saúde e Educação, Tecnologias Sociais e Desenvolvimento Humano, Justiça e Cidadania e Meio Ambiente.

Foto: Luciana de Souza Leão

Alunos e professores do projeto fizeram relatos em encontro com o reitor

Para os professores que coordenaram o projeto, o UFPE no meu Quintal é um programa de formação que consolida o processo de aprendizagem dos alunos, como profissionais e também seres humanos. “O projeto é literalmente uma extensão da Universidade na sociedade, que proporciona ao aluno a experiência de desenvolver na prática os conhecimentos adquiridos na teoria em uma realidade que é instável, ampliando assim a potencialidade deles”, afirma o professor Adriano Bento.

Um dos alunos que participaram do projeto, Ricardo da Crus Júnior, do último período de Engenharia de Energia, conta que ministrou a oficina de produção de sabão através do óleo de fritura, e levou o conhecimento científico para a população, ao mesmo tempo em que adquiriu saberes populares através da troca de conhecimento. “Foi uma experiência gratificante, o que realmente faltava para concluir o curso satisfeito”, diz. A oficina dele, juntamente com a de Resíduos Sólidos, instruiu a população a render uma economia extra para a casa a partir do lixo gerado, com matérias recicláveis.

Uma outra oficina realizada durante o projeto, ministrada pelos alunos Antônio Roberto e Dayse Brito do curso de Educação Física, foi Exercício Físico Aeróbio na Saúde do Idoso, que apresentou propostas de intervenções de exercício aeróbio (dança, caminhada) para os idosos da cidade. A repercussão das ações dos estudantes no município foi tão boa que tiveram que ser replicadas em dois distritos próximos: Borborema e Brejinho. “Os estudantes tiveram pleno conhecimento e capacidade para treinar as pessoas. Houve uma troca muito boa com a sociedade de modo geral”, disse Ana Cabral, pró-reitora para Assuntos Estudantis.

O projeto de extensão ainda marcou sua passagem pelo município, como um ato simbólico, plantando 18 ipês amarelos, cada um representando uma oficina realizada. Juntamente com os professores, os alunos estão com a sensação de missão cumprida, e já se preparam para os próximos voluntariados que virão a partir de 2018.

Ao final do encontro, foi exibido um vídeo produzido pela equipe de Comunicação do projeto sobre as atividades desenvolvidas e com depoimentos dos participantes e beneficiários.

Mais informações
Pró-Reitoria para Assuntos Estudantis – Proaes
(81) 2126.8192