Os pesquisadores do Laboratório Assistive, do Centro de Informática (CIn) da UFPE, tiveram duas iniciativas com forte impacto científico e social aprovadas. Os projetos pretendem elaborar técnicas que garantam acessibilidade comunicacional para crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e utilizar uma plataforma inteligente para o diagnóstico e desenvolvimento da comunicação e aprendizagem dessas crianças. O trabalho será feito em parceria com os pesquisadores da Clínica de Fonoaudiologia Professor Fábio Lessa da UFPE, do Laboratório para Projeto e Análise de Artefatos Inteligentes e do grupo de Computação Biomédica.

O Laboratório Assistive tem se destacado nacionalmente por disponibilizar uma plataforma na nuvem para indivíduos com atraso cognitivo e/ou deficiência na fala (devido a Síndrome de Down, autismo ou sequelas de um AVC) e que precisam de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) para construírem frases a partir de imagens legendadas.

O primeiro projeto foi aprovado no Edital nº 16/2023 do Programa de Ações Estratégicas Transversais para a Pós-Graduação (Paet-PG), que visa apoiar a realização de projetos de extensão pelos programas de pós-graduação. Dessa forma, os pesquisadores envolvidos farão estudos clínicos com crianças autistas usando a plataforma de CAA Reaact, que foi desenvolvida pelo Laboratório Assistive sob a coordenação do professor Robson Fidalgo. Esses estudos possibilitarão o aperfeiçoamento da referida plataforma.

Por sua vez, o segundo foi aprovado na Chamada Pública MCTI/Finep/Ação Transversal - Tecnologia Assistiva, que colabora com o desenvolvimento científico, tecnológico, de inovações e empreendedor na área de tecnologia assistiva, além de estruturar o Sistema Nacional de Laboratórios de Tecnologia Assistiva (SisAssistiva-MCTI). 

Assim, o projeto tem como objetivo realizar pesquisas que ajudem a criar métodos, algoritmos e modelos que serão prototipados em dispositivos eletrônicos e aplicativos que visam, a partir da captura de atividades cerebrais, apoiar o diagnóstico feito por um profissional especializado. Além disso, sob a coordenação dos professores Robson Fidalgo e Cleber Zanchettin - ambos do CIn, e tendo como base a Análise do Comportamento Aplicada e os fundamentos teóricos da consciência fonológica, este projeto também objetiva a criação de aplicativos que usem IA para apoiar o desenvolvimento da comunicação e da aprendizagem da criança autista.

Com quase cinco décadas de trajetória, o CIn é destaque entre os centros mais renomados de ensino e pesquisa em computação, não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina. Com três cursos de graduação - Ciência da Computação, Engenharia da Computação e Sistema de Informação - o centro atrai anualmente 270 novos alunos para os três cursos, contribuindo ao longo dos anos com a formação de mais de 2.300 profissionais com atuação no mercado nacional e internacional.

O reconhecimento da sua excelência estende-se aos seus programas de pós-graduação, destacando-se o Programa de Pós-Graduação acadêmico em Ciência da Computação, com a nota máxima 7 na Capes, colocando-o entre os melhores programas do Brasil. Além disso, o CIn destaca-se também pelo incentivo à inovação e ao empreendedorismo, gerando startups de tecnologia bem-sucedidas através de disciplinas inovadoras desde os cursos de graduação.

Além das fronteiras acadêmicas, o centro tem parcerias estratégicas com mais de 40 empresas, tanto nacionais quanto internacionais, através de colaborações públicas e privadas. Essa sinergia com a indústria e o setor empresarial torna o CIn um agente transformador relevante ara o desenvolvimento de inovação em produtos e serviços através de programas de formação, pesquisa e desenvolvimento de soluções tecnológicas para o mercado.

O CIn é pioneiro, não apenas pela longevidade e história da formação de profissionais de tecnologia para o mercado nacional e mundial, mas também é responsável pela consolidação e desenvolvimento do ecossistema de Tecnologia da Informação em Pernambuco.