Publicador de conteúdo Publicador de conteúdo

Retornar para página inteira
Voltar

Tese aborda sedimentos ocorrentes em Lagoa do Carro e Carpina

A apresentação ocorrerá na Sala de Projeções do Departamento de Geologia, no 5º do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG)

“Estudos geoquímicos, sedimentológicos e estratigráficos dos sedimentos ocorrentes nos municípios de Lagoa do Carro e Carpina no Estado de Pernambuco” é o título da tese de doutorado que será defendida amanhã (7), às 14h, pela doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Geociências da UFPE Rizelda Regadas de Carvalho.

A apresentação ocorrerá na Sala de Projeções do Departamento de Geologia, no 5º do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), para uma banca examinadora composta pelos professores Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (Orientador), Valdir do Amaral Vaz Manso (PPGEOC/CTG/UFPE), Gelson Luís Fambrini (PPGEOC/CTG/UFPE), Rochana Campos de Andrade Lima Santos (UFAL) e Alex Souza Moraes (UFRPE).

Resumo:

Os sedimentos ocorrentes nos municípios de Lagoa do Carro e Carpina (PE) inicialmente foram mapeados como rochas pertencentes à Formação Barreiras. Mas, recentemente, eles foram mapeados como sedimentos diferenciados no Projeto Rio Capibaribe (CPRM, 2016). No município de Lagoa do Carro, foram redefinidos como Depósitos Colúvio-Eluviais, e, em Carpina, permaneceram como sendo da Formação Barreiras. Este estudo teve como objetivo caracterizar, quanto a sua geoquímica, composição e datação, os sedimentos que ocorrem no município de Lagoa do Carro comparando com os de Carpina, assim como compreender sua proveniência, trabalhando com a questão se eles realmente são da Formação Barreiras. Foram coletadas 21 amostras em Lagoa do Carro e 15 amostras em Carpina. As amostras foram submetidas a quatro tipos de análises: Minerais Pesados (MP), Espectroscopia de Reflectância (ER), Difratometria de Raios-X (DRX) e Termoluminescência Opticamente Estimulada (LOE). Foram utilizadas também as amostras de calha de 17 poços profundos perfurados no município de Lagoa do Carro, cuja finalidade foi elaborar os perfis litológicos, de modo a conhecer a espessura desse pacote sedimentar até atingir o embasamento. Os minerais pesados abundantes em Lagoa do Carro foram: Magnetita, Zircão, Ilmenita e Apatita. Menos abundantes: Turmalina, Rutilo e Silimanita. Os raros: Monazita, Anfibólio e Mica. Em Carpina, os abundantes: Magnetita, Ilmenita e Turmalina. Menos abundantes: Zircão, Apatita e Rutilo. Os raros: Mica, silimanita e monazita. Sugere-se que a proveniência desses minerais seja de duas fontes: das rochas metassedimentares do Complexo Surubim-Caroalina e das rochas metaígneas do Complexo Salgadinho. As análises de ER e DRX apresentaram resultados semelhantes nos dois municípios: a caulinita, goethita e hematita. As amostras analisadas pelo método de LOE em Lagoa do Carro como mais antigas foram relacionadas aos intervalos de tempo entre 160,15±38,26ka (RL-29a) e 101,59±39,86ka (RL-27a). Em Carpina, entre 67,45±18,24ka (RCa-13a) e 61,09±18,35ka (RCa- 08 a2). Se constata que os sedimentos de Carpina são mais recentes que os de Lagoa do Carro, com a diferença de idade de ±40,00ka. Similarmente aos dados da literatura, os resultados obtidos por LOE revelam que os sedimentos de Lagoa do Carro e Carpina, apresentaram idades relacionadas ao Pleistoceno, configurando como depósitos pós-barreiras.

Data da última modificação: 06/11/2019, 14:38