A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) realizou pesquisa de satisfação com os bolsistas de assistência e moradia estudantis para saber como os programas influenciam suas vidas acadêmicas. Responderam 2.063 bolsistas de um total de 6.125 cadastrados, ou seja, 33% dos estudantes, sendo 91% de bolsa-nível e 10,1% de moradia (seja auxílio moradia ou residência estudantil). A pesquisa foi realizada nos meses de julho e agosto pela Diretoria de Assistência Estudantil (DAE) da Pró-Reitoria para Assuntos Estudantis (Proaes). 

Quando perguntados sobre o quanto os programas da Assistência Estudantil colaboram para a manutenção da sua graduação, em uma escala de 0 a 10, 82,3% do total dos entrevistados selecionou o número 10. A relevância da bolsa-nível aumenta de acordo com o valor da bolsa, que varia segundo a renda per capita dos estudantes: consideram o nível de importância é 5, em uma escala de 0 a 5, 64,6% dos bolsistas-nível 1, 72,9% dos bolsistas-nível 2, 82% dos bolsistas-nível 3 e 92,9% dos bolsistas-nível 4.

No caso do Programa de Moradia Estudantil, 85,7% consideram que a importância é 5. Já usufruíram dos serviços de atendimento do Núcleo de Atenção à Saúde dos Estudantes (Nase) 40,6% dos entrevistados, dos quais 64,9% avaliam que a importância de contar com o atendimento é de 5. As situações que mais tornam necessária a intervenção da Assistência Estudantil em suas vidas são os custos da graduação [material, cópias, internet] (59,6%), alimentação (57,7%), transporte (55,2%), moradia (16,3%) e todos os itens (46%).

A pesquisa se encerra com três questões abertas sobre o impacto da assistência na vida do estudante, o pedido de uma crítica aos programas de assistência e de uma sugestão de aperfeiçoamento dos programas e atividades. As respostas foram reunidas em um documento com mais de 300 páginas de opiniões, críticas e sugestões, que será analisado pela equipe da Proaes. Os alunos entrevistados foram contemplados nos editais da Proaes de 2015 a 2018.

Para a pró-reitora para Assuntos Estudantis, professora Ana Cabral, os resultados são muito importantes para a instalação de uma conduta de sistematização das informações. “Assim, é possível aprimorar ou redirecionar as políticas e verificar se elas estão atendendo à normativa do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes)”, explica. Os dados da pesquisa de satisfação serão disponibilizados à nova gestão da pró-reitoria, no próximo reitorado, para que as ações possam ser aperfeiçoadas.

SAIBA MAIS - A bolsa-nível consiste no repasse de recurso financeiro mensal para o estudante custear parte das despesas de locomoção, moradia e alimentação com o objetivo de ampliar as suas condições de permanência durante sua formação acadêmica presencial. Seu valor varia de acordo com a faixa de renda dos estudantes. Para participar do programa, é necessário estar em situação de vulnerabilidade socioeconômica, apresentando renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo.