Qualidade de vida dos idosos, importância da prevenção na assistência em saúde e envelhecimento bem-sucedido foram alguns pontos abordados na Reunião Científica das Residências em Saúde do HC-UFPE deste mês de maio, que discutiu o tema “Envelhecimento e Funcionalidade: novas perspectivas no contexto da senescência”, na manhã de ontem (29), no anfiteatro II do HC, que é unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

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Novas perspectivas no contexto da senescência foram discutidas

“Esse é um assunto muito importante dado o contexto de mudança do perfil etário da população brasileira que está envelhecendo e precisa de uma abordagem terapêutica multidisciplinar e focada na prevenção de doenças ou de seu agravamento”, destaca o residente de Enfermagem/Nefrologia Rodrigo Martins.  

A preceptora da Residência em Geriatria do HC, Isaura Peixoto, entre outros temas, mostrou as diferenças entre os conceitos de senilidade x senescência, geriatria x gerontologia e autonomia x independência (física e cognitiva); abordou a função das escalas de geriatria para avaliação (mensurar atividades diárias, risco de quedas, etc.); e reforçou a importância de exercícios mentais e do convívio social. 

“A neuróbica apresenta bons resultados e consiste em exercícios como usar a mão não usual para escrever, vestir-se de olhos fechados, aprender um idioma, usar o computador e tantas outras ações. Além disso, é importante para o idoso integrar um grupo social, como aqueles que frequentam as Academias da Cidade, o Clube das Pás, a praça do bairro, etc.”, afirmou.  

A importância da criação de vínculo da equipe de assistência com o paciente e sua família é fundamental. “A abordagem centrada no idoso e em sua família por meio da escuta cria o vínculo terapêutico que ajuda na investigação do contexto e dos problemas que existem e que podem vir a surgir”, explica a preceptora de Terapia Ocupacional Tatiana Neves.

A preceptora de Fisioterapia Helga Souza abordou a importância da prevenção para a qualidade de vida e manutenção das capacidades funcionais do idoso em senescência (aquele que envelhece sem doença). “O trabalho preventivo atua sobre as perdas que a senescência traz (diminuição de algumas capacidades) promovendo a qualidade de vida e o envelhecimento bem-sucedido e gerando menos custos aos serviços de saúde (provocados pelo agravamento de doenças)”, explica Helga.

A fisioterapeuta abalizou a sua apresentação com estudos científicos que comprovam o benefício de práticas como pilates, plataforma vibratória e fisioterapia respiratória sobre funcionalidades como equilíbrio (e prevenção de quedas), força e resistência muscular, coordenação motora e capacidade cardiovascular e respiratória, entre outras.