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Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente tem defesa de tese no dia 29

Tema é “Alinhamento do tronco, mobilidade do músculo diafragma, força e função pulmonar em adolescentes e adultos jovens obesos”

“Alinhamento do tronco, mobilidade do músculo diafragma, força e função pulmonar em adolescentes e adultos jovens obesos” é a tese que a doutoranda Patrícia Clara Pereira dos Santos defende no próximo dia 29, às 9h, no auditório 2 do 1º andar do Prédio das Pós-Graduações do Centro de Ciências Médicas (CCM) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Ela foi orientada por Gisela Rocha de Siqueira e Giselia Alves Pontes da Silva no Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Compõem a banca examinadora os professores Gisela Rocha de Siqueira (Fisioterapia / UFPE), Anna Myrna Jaguaribe de Lima (Morfologia e Fisiologia Animal / UFRPE), Décio Peixoto (Materno Infantil / UFPE), Karla Lambertz (Fisioterapia / UFPE) e Daniella Brandão (Fisioterapia / UFPE).

Resumo

Introdução: o depósito de gordura na região abdominal e torácica no obeso pode predispor a alterações na postura da coluna vertebral, limitar a mobilidade da parede torácica e influenciar na ativação do músculo diafragma e dos músculos abdominais, podendo levar a mudanças na função pulmonar, na força muscular respiratória e na dinâmica diafragmática. No entanto, as evidências da repercussão da circunferência abdominal e da postura do tronco no sistema respiratório de adolescentes e adultos jovens obesos ainda são conflitantes. Objetivo: verificar se a postura do tronco e a circunferência abdominal (CA) influenciam a mobilidade e espessura do diafragma, e consequentemente a função pulmonar e a força muscular respiratória em adolescentes e adultos jovens obesos e eutróficos. Além disso, se a circunferência abdominal e o ângulo do tronco se relacionam com a espessura e mobilidade diafragmática. Métodos: realizou-se um estudo observacional comparativo com voluntários, entre 18 a 24 anos, sexo masculino, obesos (n=30) e eutróficos (n=30). Os voluntários realizaram a fotogrametria da postura do tronco, espirometria para função pulmonar, manovacuometria na força muscular respiratória, e ultrassonografia do músculo diafragma para avaliar a mobilidade e espessura. A análise estatística foi realizada através do software StatisticalPackage for the Social Sciences (SPSS versão 20.0), utilizando-se o teste t Student para a comparação entre as variáveis contínuas e o teste de qui-quadrado de Pearson e Fisher para a comparação das variáveis categóricas. Para analisar a correlação entre as variáveis CA, ângulo do tronco (AT), pressão inspiratória máxima (Pimáx), volume expiratório forçado no primeiro minuto (VEF1), Capacidade vital forçada (CVF), o índice de Tiffeneau (VEF1/CVF), capacidade inspiratória (CI) e mobilidade diafragmática (MD) foi calculado o coeficiente de Pearson. Além disso, foi realizada uma regressão linear múltipla. Para todos os testes foi considerado um nível de significância de p < 0,05. Resultados: os obesos apresentaram maior ângulo do tronco (p<0,001) e maior frequência de postura hiperlordótica (p=0,006), e hipercifose torácica (p=0,038) quando comparados aos eutróficos. Além disso, apenas no grupo obeso, a CA foi positivamente correlacionada com o AT (r=0,78; p<0,01). A mobilidade e espessura do diafragma na inspiração forçada foram semelhantes entre os grupos, entretanto na respiração basal, os obesos apresentaram uma maior espessura do diafragma (0,26±0,06) quando comparados aos eutróficos (0,23±0,05), p=0,01. A espessura do diafragma na inspiração basal apresentou uma correlação moderada com a CA (r=0,54; p<0,01) e o AT (r=0,37; p<0,01) nos obesos e uma correlação fraca no grupo de eutróficos (r=0,21; p<0,01).  A CVF (p=0,004), a CI (p=0,000), assim como a Pimáx (p=0,001) foram significativamente maiores nos obesos que nos eutróficos. Não foram observadas correlações entre os parâmetros de função pulmonar, força muscular respiratória e mobilidade do diafragma com a CA e o ângulo do tronco nos grupos. Na análise de regressão linear múltipla, o presente modelo foi capaz de explicar 30% da variância da espessura do diafragma, onde as medidas de CA foram preditores significativos, quando controlado o AT dos obesos. Conclusão: a obesidade abdominal interferiu no alinhamento toracolombar, na força e função respiratória e o ângulo do tronco e a circunferência abdominal influenciam na espessura diafragmática em repouso.

Mais informações
Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente
(81) 2126.8514
ppgsca@gmail.com


 

Data da última modificação: 20/05/2019, 16:59