A maioria dos professores dos cursos de graduação dos campi Recife, Vitória e Agreste (Caruaru) da UFPE são bem avaliados pelos seus alunos, conforme indicam dados apresentados ontem (9) durante o Fórum dos Coordenadores de Graduação da UFPE, realizado no Auditório Reitor João Alfredo, na Reitoria, Campus Recife. O evento também promoveu discussões sobre estrutura dos cursos, educação a distância e integração com a Ouvidoria da Universidade. 

De acordo com os resultados obtidos de 2014.1 (ano inicial das avaliações) a 2017.2, mais de 80% dos professores de graduação são bem avaliados pelos estudantes. Esse número é bastante expressivo, mas as avaliações negativas também são levadas em consideração em busca de melhorias. 

“Os alunos apontam a questão das relações interpessoais e a adequação das metodologias e processos pedagógicos como pontos fracos daqueles que foram mal avaliados. E isso fez surgir alguns encaminhamentos, entre eles juntar a Proacad [Pró-Reitoria para Assuntos Acadêmicos], a Proaes [Pró-Reitoria para Assuntos Estudantis], a Ouvidoria, a Comissão de Ética e os grupos de mediação para fazer uma rede de proteção aos estudantes, aos professores e aos coordenadores, de modo que a gente possa trabalhar de forma mais integrada”, pontuou o pró-reitor para Assuntos Acadêmicos da UFPE, professor Paulo Goes. 

As avaliações consideram aspectos como plano de ensino, adequação do conteúdo aos recursos pedagógicos utilizados, relação com os professores, entre outros. O procedimento é on-line, via Siga, e os dados somente são considerados quando há adesão de, pelo menos, 30% dos estudantes de cada curso. A verificação tem como princípio a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem na graduação. Os nomes dos docentes e dos estudantes que participam das avaliações não são divulgados. 

A DISTÂNCIA – Outro ponto de destaque do Fórum dos Coordenadores de Graduação diz respeito à incorporação de atividades de educação a distância aos cursos de graduação presenciais, podendo chegar a 20% da carga horária, conforme permitido em lei. São exemplos de ações a oferta de disciplinas e a disponibilização de salas de apoio. “Hoje são em torno de 20% dos cursos [presenciais da UFPE que praticam a educação a distância nos seus projetos pedagógicos], e a gente gostaria de ter em torno de 40% ou 50% dos cursos com previsão de uso de disciplinas por educação a distância”, afirmou Paulo Goes. 

Na primeira semana de junho, em uma nova edição do Fórum dos Coordenadores de Graduação, esse tema volta à discussão, para posterior regulamentação na Universidade. Participam do evento os coordenadores de cursos de graduação presenciais e a distância dos campi Recife, Vitória e Agreste da UFPE. 

“Apoiar o fórum, apoiar os coordenadores significa apoiar a universidade pública e a sua relevância”, disse o reitor Anísio Brasileiro, que participou da abertura do evento de ontem (9). “O Fórum dos Coordenadores de Graduação representa o sentido da universidade pública, como a UFPE, que é uma universidade de qualidade, uma universidade relevante para a sociedade. E essa relevância se mede pela capacidade de nós formarmos bem nossos estudantes profissionalmente, mas também com uma visão ética e cidadã”, completou.