A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) sedia, na próxima terça-feira (dia 17), o evento de lançamento do Planejamento Espacial Marinho (PEM) na região Nordeste. A solenidade ocorre no auditório do Instituto de Pesquisa em Petróleo e Energia (i-Litpeg), no Campus Recife, a partir das 9h. O encontro marca o início das atividades da iniciativa, que será desenvolvida até 2028, com o objetivo de construir, de forma participativa, uma política pública voltada à organização e gestão sustentável do uso do mar na região.

Além da solenidade de abertura, a programação inclui, no período da tarde (a partir das 14h), a atividade colaborativa “Mapa Vivo do Mar”, cujo intuito é mapear usos, interesses e contribuições relacionados ao mar, promovendo uma visão ampliada e integrada do ambiente marinho.

O PEM é um instrumento de ordenamento do ambiente marinho reconhecido internacionalmente e definido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) como um “processo público de distribuição espacial e temporal de atividades humanas em áreas marinhas, para alcançar objetivos ecológicos, econômicos e sociais”. No Brasil, o projeto tem coordenação conjunta da Marinha do Brasil, por meio da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM), e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em consonância com o compromisso voluntário do país de implementar seu planejamento marinho até 2030, com revisões decadais.

A ação no Nordeste é coordenada pela Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), em articulação com 13 universidades nordestinas, entre elas a própria UFPE. A proposta é estabelecer um modelo de uso do sistema oceânico que promova a sustentabilidade ambiental, o desenvolvimento econômico e a justiça social, a partir do diálogo com comunidades, setores produtivos e instituições de pesquisa.

O lançamento contará com a presença de representantes das entidades parceiras, lideranças comunitárias, pesquisadores, gestores públicos e demais atores ligados ao oceano. A iniciativa busca garantir um planejamento eficiente e participativo para o uso dos recursos marinhos, contribuindo para a preservação ambiental, o enfrentamento das mudanças climáticas e o fortalecimento da economia costeira regional.