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Saúde da Criança e do Adolescente terá defesas de teses na próxima semana

Defesas serão nos dias 29 e 30 deste mês

O Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente (PPGSCA) do Centro de Ciências Médicas (CCM) da UFPE promove defesa de teses nos dias 29 e 30 deste mês. A tese “Eficácia do uso de jogos baseados em realidade virtual para melhorar o desempenho de habilidades motoras, desfechos clínicos e funcionais de crianças com perda auditiva sensorioneural: um ensaio clínico randomizado e controlado” desenvolvida pelo doutorando Renato de Souza Melo com a orientação da professora Rosalie Barreto Belian e a coorientação da professora Karla Mônica Ferraz Teixeira Lambertz será defendida na próxima quinta-feira (29), às 9h, no prédio das Pós-Graduações do CCM, no auditório 2, localizado no 1º andar.

A banca avaliadora será composta pelas professoras Andrea Lemos Bezerra de Oliveira (Departamento de Fisioterapia/UFPE), Silvana Maria Sobral Griz (Departamento de Fonoaudiologia/UFPE), Alana Elza Fontes da Gama (Departamento de Engenharia Biomédica/UFPE), Gisela Rocha Siqueira (Departamento de Fisioterapia/UFPE) e Lícia Vasconcelos Carvalho da Silva (Departamento de Fisioterapia/ASCES).

Já na sexta-feira (30), a tese “Potencialidades e desafios na abordagem da educação sexual na adolescência: estudo de caso em uma escola da cidade de Recife” realizada pela doutoranda Vilma Maria da Silva e orientada pela professora Luciane Soares de Lima será defendida às 14h no prédio das Pós-Graduações do CCM, no auditório 2, localizado no 1º andar.

A banca avaliadora será composta pelas professoras Luciane Soares Lima (Enfermagem/UFPE), Elizabeth Cordeiro Fernandes (Pediatria/Uninassau), Jaileila Araújo Menezes (Psicologia/UFPE), Estela Maria Meirelles Monteiro (Enfermagem/UFPE) e Nadia Patrízia Novena (Núcleo de Diversidades e Identidades Sociais – NDIS/ UPE).

Resumo 1

Introdução: Instabilidades no controle postural e os distúrbios no equilíbrio e na marcha têm sido frequentemente relatados em crianças com perda auditiva sensorioneural (PAS), devido às disfunções vestibulares que estas crianças estão propensas a apresentar devido à lesão na orelha interna. Entretanto, investigações com o objetivo de melhorar estas habilidades motoras nas crianças com PAS são escassas na literatura, ou apresentam baixa qualidade metodológica, segundo algumas revisões sistemáticas publicadas sobre o tema. Objetivo: Observar a eficácia dos jogos baseados em realidade virtual para melhorar as habilidades motoras, desfechos clínicos e funcionais de crianças com diagnóstico clínico de PAS, de ambos os sexos e com faixa etária entre 7-11 anos, comparados aos exercícios terapêuticos de reabilitação vestibular. Métodos: Ensaio clínico, randomizado e controlado, desenvolvido em escolas da rede estadual de ensino, ou em redes de apoio à saúde de crianças com PAS, localizadas no município de Caruaru (PE). A pesquisa envolveu 30 crianças, que foram randomizadas e alocadas para dois grupos, um deles utilizou jogos baseados em realidade virtual como intervenção e foi denominado de grupo intervenção (GI), (n= 15), o outro grupo envolveu um programa de exercícios terapêuticos de reabilitação vestibular: grupo controle (GC), (n= 15). Foram consideradas neste estudo como habilidades motoras: o controle postural, o equilíbrio estático e habilidades motoras relacionadas ao equilíbrio. Como desfechos funcionais, tivemos a marcha e a incapacidade funcional e o desfecho clínico a frequência das quedas. O controle postural e o equilíbrio estático foram avaliados por análise estabilométrica, utilizando uma plataforma de força. As habilidades motoras relacionadas ao equilíbrio foram analisadas por meio da Escala de Equilíbrio Pediátrico, a velocidade da marcha pelo teste Timed Up and Go e o Índice de Marcha Dinâmica (DGI) utilizado para observar as tarefas funcionais relacionadas à marcha. A incapacidade funcional foi mensurada pelo Pediatric Evaluation of Disability Inventory (PEDI) e a frequência das quedas foi registrada pelos relatos das mães e das crianças na ficha de avaliação deste estudo. Resultados: Após a intervenção, observou-se que as crianças de ambos os grupos apresentaram um melhor controle postural, porém as crianças do GC apresentaram maior redução das oscilações do centro de pressão (COP): anteroposterior (AP): (p= 0.000) e mediolateral (ML): (p= 0.002); o mesmo ocorreu no equilíbrio estático: (p= 0.001). As crianças do GC ainda demonstraram melhor desempenho nas tarefas funcionais relacionadas à marcha: DGI: (p= 0.011) e uma melhor capacidade funcional: (p= 0.019), comparadas ao grupo intervenção. Conclusão: O uso dos jogos baseados em realidade virtual apresentou um efeito clínico positivo sobre os desfechos analisados nas crianças com PAS, no entanto, os exercícios terapêuticos de reabilitação vestibular demonstraram um efeito ainda maior para melhorar as habilidades motoras e os desfechos funcionais das crianças com PAS. Esse aprimoramento motor observado nas crianças com PAS após as intervenções repercutiu, principalmente, sobre o controle postural, no equilíbrio estático, nas tarefas funcionais relacionadas à marcha e na incapacidade funcional das crianças desse estudo.

Resumo 2

A sexualidade é inerente à identidade humana e se desenvolve ao longo de toda a vida como motivação da busca e vivência do prazer. A adolescência é uma transição da infância para a idade adulta em que ocorre a puberdade, fase permeada de conflitos entre a expressão da sexualidade com suas curiosidades e a repressão social com imposição de regras e padrões de identidade e gênero, sendo a escola um espaço privilegiado de discussões e reflexões sobre saúde sexual e diversidade. O objetivo deste estudo é compreender as potencialidades e desafios envolvidos na abordagem da educação sexual na adolescência a partir da visão de distintos atores sociais. Foi realizado um Estudo de Caso a partir da triangulação das seguintes fontes de evidências: observação participante e não participante, grupos focais e entrevistas semiestruturadas. O cenário foi uma escola estadual de referência em Ensino Médio e integral na cidade de Recife. Os participantes da pesquisa foram estudantes, educadores e pais/responsáveis. Os adolescentes referiram dificuldades no diálogo com a família e a escola e necessidade de rede de apoio. Sentem falta de falar sobre suas subjetividades e serem ouvidos sem julgamentos. Os educadores relataram barreiras principalmente em relação à diversidade sexual, apontaram divergências sobre comportamentos toleráveis ou limites e propuseram uma educação sexual reflexiva e contextualizada. Na visão dos pais/responsáveis, também existem dificuldades na abordagem de temas específicos, tais como a diversidade sexual, e sugerem conversas individuais e coletivas no ambiente escolar. Os três segmentos concordam que existem desigualdades nas relações de gênero e necessidade de respeito, sigilo e vínculo para tratar temas referentes à sexualidade. Nossos resultados apontam que, apesar dos desafios na abordagem do assunto, os três atores concordam que a educação sexual é imprescindível e deve ser realizada em parceria entre a família, escola e saúde. O Núcleo de Gênero mostra-se como um exemplo de relevante iniciativa potencializadora de discussões neste cenário. As escolas precisam priorizar espaços de acolhimento para promoverem debates e reflexões livres de preconceitos e julgamentos, considerando a amplitude dos aspectos biopsicosocioculturais envolvidos no contexto da educação sexual para o cuidado integral do ser humano.

Mais informações
(81) 2126.8514

ppgsca@gmail.com

Data da última modificação: 23/08/2019, 15:50