Agenda de defesas Agenda de defesas

Voltar

Pós em Computação promove defesa de tese de doutorado na tarde de amanhã (10)

O trabalho contou com a orientação do professor Fabio Queda Bueno da Silva, vinculado ao Centro de Informática da Universidade

O Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UFPE promove defesa de tese de doutorado de Danilo Monteiro Ribeiro amanhã (10), a partir das 13h. A apresentação acontecerá de forma remota, através da plataforma Google Meet, os interessados em assistir devem enviar e-mail solicitando acesso para o aluno. É recomendado aos interessados em assistir que entrem com o microfone e câmera desligados.

Com título “As Relações de Adaptabilidade Individual, Satisfação, Bornout e Instabilidade do Projeto na Engenharia de Software”, o trabalho contou com a orientação do professor Fabio Queda Bueno da Silva, vinculado ao Centro de Informática da Universidade, e a coorientação do professor José Jorge Lima Dias Junior (Departamento de Administração/UFPB).

A banca avaliadora contará com os professores Sérgio Castelo Branco Soares (UFPE/Centro de Informática), Renata Maria Cardoso Rodrigues de Souza (UFPE/Centro de Informática), Breno Giovanni Adaid Castro (Instituto de Educação Superior de Brasília), Alberto Cesar Cavalcanti Franca (UFRPE/Departamento de Computação) e Marcos Kalinowski (PUC-RJ/Departamento de Informática).

Resumo

Contexto – A Engenharia de Software enfrenta diversos desafios. Parte deles surge com as mudanças que são geradas pelas instabilidades que ocorrem no ambiente em que a equipe e seus membros estão inseridos. A adaptabilidade individual é um traço relativamente estável, que leva os indivíduos a se adequarem às mudanças mais facilmente. Em diversas áreas, a adaptabilidade está relacionada a diversos constructos, como a satisfação e o burnout. Esses constructos são de suma importância para o trabalho na Engenharia de Software. Contudo, apesar da relevância desses constructos para a Engenharia de Software, não existem estudos que busquem entender seus relacionamentos. Aliado a isso, observa-se também a ausência de formas de mensurar a percepção da adaptabilidade dos indivíduos, assim como também é possível notar a ausência de instrumentos que ajudem a mensurar a percepção da instabilidade do projeto. Objetivo –Portanto, este trabalho tem como objetivo principal investigar as relações entre a adaptabilidade individual, a satisfação com o trabalho, a instabilidade e o burnout na percepção dos membros de equipes de software. Para isso, faz-se necessário realizar alguns objetivos secundários como: construir e validar um questionário de instabilidade; traduzir e validar um questionário de adaptabilidade individual; e analisar a existência, a positividade ou negatividade e a significância das relações entre a adaptabilidade individual, a satisfação com o trabalho, a instabilidade e o burnout na Engenharia de Software. Método –Para chegar nesses objetivos, foi seguido o processo de tradução de questionários proposto por Dias-Jr. Além disso, foi realizado um survey cross-section que teve sua amostragem por conveniência, com 486 respondentes, onde os participantes foram selecionados por autosseleção. Além de identificar relações entre as variáveis, também foram aplicadas técnicas de análise fatorial exploratória e confirmatória, assim como modelagem de equações estruturais para testar as hipóteses geradas. Resultados – O principal resultado deste trabalho é a identificação das relações entre a adaptabilidade individual e a satisfação, e o burnout. Além disso, foram encontradas relações entre a satisfação e o burnout, a instabilidade e a satisfação e a instabilidade e o burnout. Ademais, também foi traduzido, desenvolvido e validado um conjunto de escalas sobre a instabilidade e a adaptabilidades que podem ser utilizadas em outros trabalhos na Engenharia de Software. Recomendações para a indústria sobre o monitoramento desses constructos também foram propostas. Conclusões – Os resultados encontrados são importantes, pois tanto o mercado quanto a academia acreditam que os indivíduos na Engenharia de Software devem ser adaptáveis. No entanto, não havia evidências concretas do porquê isso seria verdade. De maneira geral, indivíduos que se percebem mais adaptáveis tendem a se perceberem mais satisfeitos. Do mesmo modo, indivíduos mais adaptados tendem a ter menores percepções de burnout. Indivíduos que percebem o ambiente mais instável (tarefa e equipe) também tendem a se perceberem menos satisfeitos, e com maiores índices de burnout, assim como pessoas que se percebem mais satisfeitas, tendem a se perceberem com menor índice de burnout. Esses resultados e as escalas promovem uma série de novas possibilidades de investigações para Engenharia de Software.

Data da última modificação: 09/12/2020, 17:04