A manhã de ontem (3) foi marcada pela música no Hospital das Clínicas da UFPE, com as apresentações do Coral Bom Dia nas suas Portarias 1 e 4. Com a regência do maestro Jadson de Oliveira, o coral trouxe em seu repertório clássicos da música regional, além de canções que traziam mensagens positivas, renovando a fé e a autoestima dos usuários do HC que prestigiaram as apresentações. O HC é filial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

O aposentado Marcelo Gonçalo, de 47 anos, afirma que estava se sentindo desanimado e que a apresentação do coral lhe deu fôlego novo. “A apresentação do coral foi renovando a alegria dentro de mim, as músicas nos ajudando a melhorar o espírito de quem está aqui, muitas vezes entre a vida e a morte. Apresentações como essas são muito boas e espero que eles venham sempre”.

O Coral Bom Dia apresenta-se uma vez por mês, sempre às quintas-feiras, integrando a programação do Programa Mais: Manifestações de Arte Integradas à Saúde, projeto que estimula a arte e a humanização no HC. Essa parceria já acontece há 11 anos, desde a criação do projeto, levando música às portarias, enfermarias e ambulatórios do hospital.

“Tentamos trazer a alegria para todos os espaços do hospital, mas ao entrar em contato com as pessoas aqui, percebemos que ganhamos muito mais do que damos, pois, o retorno que recebemos de quem assiste nossas apresentações nos deixa extremamente contagiados”, pontua o maestro Jadson de Oliveira, colocando que participações com estas são momentos de troca de energia entre os cantores, pacientes e acompanhantes.

Aos 87 anos, Dimas Reis integra o Coral Bom Dia e ressalta a emoção que é trazer apresentações de música para o ambiente hospitalar. “É uma satisfação enorme. Me sinto muito feliz e emocionado de estar aqui cantando para estas pessoas que tanto precisam de alegria, carinho e afeto e contribuir para melhorar o dia delas é uma sensação única”.

A idealizadora e coordenadora do Mais, Leniée Maia, salienta que a arte tem a capacidade de transformar os ambientes. “Só se pode trazer humanização a espaços em que as pessoas são sensibilizadas. Dessa forma, a arte equilibra e leva momentos de alegria, criatividade e prazer que são sentimentos que contribuem para o aumento da qualidade de vida e melhoram significativamente o quadro de saúde dos pacientes”, finalizou.