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UFPE realiza mapeamento socioemocional da comunidade acadêmica
O questionário recebeu 1.251 respostas de estudantes (graduação e pós-graduação), 579 de docentes, 150 de técnico-administrativos e nove de terceirizados e voluntários
Compreender as percepções da comunidade acadêmica em relação ao que representa a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Este foi um dos objetivos do Mapeamento Socioemocional da Comunidade da UFPE, realizado pela Comissão de Humanização e Saúde Mental Bem-Estar UFPE. “O questionário teve como objetivo entender as percepções da comunidade acadêmica em relação ao que a Universidade representa para eles. Quais sentimentos, quais fontes de bem-estar e mal-estar e o que mudariam nela”, explica a professora Viviane Louro, presidente da Comissão. “Também procuramos compreender aspectos de saúde durante a quarentena/isolamento social imposto devido à covid-19”, completa Viviane, que também é docente do Departamento de Música.
Foto: Divulgação
Documento foi entregue durante reunião com a pró-reitora Brunna Carvalho
O questionário recebeu 1.251 respostas de estudantes (graduação e pós-graduação), 579 de docentes, 150 de técnico-administrativos e nove de terceirizados e voluntários. Quanto ao perfil, a maior parte dos respondentes são mulheres (62,4%), estudantes (63%), com idade entre 18 a 25 anos (41%) e heterossexuais (79,2%). Relataram ter deficiência ou transtorno 7% dos respondentes (136 pessoas). Em relação à renda familiar, 56,3% informaram receber até 5 salários-mínimos e 76,92% disseram residir com 2 a 4 pessoas.
No que diz respeito à situação de saúde e sono durante a pandemia de covid-19, os dados apontaram que 56,22% dos respondentes relataram ter sentido muita falta de estar na UFPE; 34,83% informaram estar emocionalmente mal, embora se sentissem fisicamente bem; 32,51% atingiram níveis elevados de estresse; e 26,77% desenvolveram depressão, ansiedade ou pânico.
Nos itens relativos ao que a UFPE significa para os pesquisados, as respostas apontam que a Universidade representa a realização de um sonho, lugar de crescimento pessoal, aprendizado, estudo, formação profissional e de oportunidade de mudança de vida. “Nos resultados da pergunta de como discentes, docentes e técnicos administrativos se sentiam fazendo parte da UFPE, os termos evocados apresentaram aspectos mais positivos que negativos. Eles percebem a UFPE como parte da felicidade e realização, são gratos e orgulhosos, mas se sentem cansados e ansiosos”, afirma Viviane.
Em relação às fontes de bem-estar e mal-estar, os resultados do questionário mostraram que as primeiras estão ligadas aos processos de aprendizagem e oportunidades de conhecimento e relações interpessoais que a UFPE proporciona. Foram consideradas fontes de bem-estar o ambiente físico e social adequados, a natureza e espaços de encontro, como laboratórios, bibliotecas e salas de aula. Por outro lado, o espaço físico também apareceu como fonte de mal-estar quando relacionado à infraestrutura deficitária, à falta de equipamentos e de segurança, à burocracia e às relações com os professores.
O mapeamento foi entregue, no início do mês, à Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida (Progepe) da UFPE. Além dos resultados, o documento traz apontamentos e recomendações que podem nortear as mudanças necessárias para a melhoria da qualidade de vida, relações interpessoais e saúde mental da comunidade da UFPE. Entre elas estão ampliar e incentivar práticas e mecanismos de escuta e acolhimento para estudantes, professores e técnicos; investir na conectividade e qualidade da experiência humana nas plataformas digitais; e reduzir o tamanho e complexidade das ações burocráticas em todos os âmbitos institucionais. O documento sugere ainda a promoção de editais com fomentos específicos para projetos de extensão que visem trabalhos de cuidado humano, bem-estar, qualidade de vida, cultura de paz, acolhimento, saúde mental e combate à violência institucional.
COMISSÃO - A Comissão de Humanização e Saúde Mental Bem-Estar UFPE nasceu da iniciativa de um grupo de docentes da Universidade Federal de Pernambuco que sentiram a necessidade de trazer à tona a discussão sobre saúde mental na comunidade acadêmica. A comissão foi oficialmente constituída em outubro de 2020 com o objetivo de propor ações e contribuir de forma mais efetiva na construção de uma política de saúde mental na UFPE em diálogo com outros projetos, centros, departamentos e comissões já existentes.