Notícias Notícias

Voltar

UFPE e juristas negras discutem racismo estrutural e ações de inclusão da população negra

Reitor e coordenadora do Núcleo Erer receberam as advogadas Manoela Alves e Ana Paula Azevêdo

O reitor Alfredo Gomes e a coordenadora do Núcleo de Políticas de Educação das Relações Étnico-Raciais (Erer), Conceição Reis, tiveram um segundo encontro, na última semana, com representantes da Coletiva Abayomi Juristas Negras e da Comissão de Igualdade Racial (CIR) da Ordem dos Advogados do Brasil Seção PE (OAB-PE). Participaram da reunião, no Gabinete do Reitor, as advogadas Manoela Alves e Ana Paula Azevêdo.

Fotos: Divulgação

Foram discutidas pautas em comum para a construção da equidade racial

A Abayomi Juristas Negras é uma coletiva de afroempreendedorismo social, cujo objetivo é combater o racismo estrutural através de capacitação e empoderamento, de forma a propiciar a inclusão da população negra em espaços de poder e saber. Já a CIR é a estrutura especializada da OAB para pautar a temática da equidade racial em vários espaços institucionais, como o Sistema de Justiça, o Legislativo, o Executivo e as instituições de ensino do Estado.

As representantes da Abayomi e da CIR da OAB destacaram a necessidade de políticas interseccionais e transversais para a justiça social, perpassando diversas dimensões, como comunicação, ensino, trabalho, cultura e outras. Na ocasião, a advogada Ana Paula frisou a importância da formação de mulheres, em nível de especialização, para que colaborem com a produção de conhecimento de maneira participativa e possam ampliar as oportunidades de inserção no mundo do trabalho.

No encontro, os participantes buscaram identificar pautas em comum para a construção da equidade racial, com o intuito de reunir os esforços da sociedade civil organizada, da OAB, da UFPE e outras instituições de educação superior. O reitor falou do debate, que será intensificado junto à comunidade, a respeito de ações afirmativas na pós-graduação, além de citar o Comitê Institucional de Ações Afirmativas, que reúne o Núcleo Erer, o Núcleo de Acessibilidade (Nace) e Núcleo de Políticas LGBTQIA+.

NÚCLEO ERER – As juristas reconheceram a importância do recém-criado Núcleo Erer, lançado na Semana da Consciência Negra da UFPE. “Vemos a criação do núcleo como um espaço de acolhimento, mas também de visibilidade da temática da equidade racial. É fundamental pensar em ações duradouras e de impacto que transpassem cada vez mais os muros da Universidade, já que o racismo não está vencido. O protagonismo negro precisa de espaço. A agenda será retomada em relação à formação continuada de mulheres em relação às relações étnico-raciais”, afirmou a advogada Manoela Alves.

Durante o diálogo, diversas ações da UFPE foram compartilhadas, como o edital aberto de publicações de e-books, que elenca as ações afirmativas como prioritárias; as bolsas de iniciação científica voltadas a ações afirmativas e as comissões de heteroidentificação no ingresso na UFPE. “Encontros como esses são importantes para que a UFPE cada vez mais fortaleça redes e programas interinstitucionais”, ressaltou a coordenadora do Núcleo Erer.

Data da última modificação: 22/12/2020, 10:46