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Trabalho de conclusão da Pós em Gerontologia avalia qualidade vida de idosos com HIV

O estudo foi orientado pela professora Márcia Carréra Campos Leal

O Programa de Pós-Graduação em Gerontologia da UFPE (PPGero) vai promover, na próxima segunda-feira (2), às 13h, a defesa da dissertação “Qualidade de vida das pessoas idosas que vivem com HIV assistidas em serviços de referência em Recife - PE", de autoria da aluna Kydja Milena Souza Torres. 

O estudo, que foi orientado pela professora Márcia Carréra Campos Leal e coorientado pela professora Ana Paula de Oliveira Marques, será defendido para uma banca composta pelas professoras Márcia Carréra Campos Leal, Carla Cabral dos Santos Acciolly Lins, Ana Márcia Tenório de Souza Cavalcanti, na sala de aula do PPGero.

Resumo

Estudo descritivo, quantitativo de corte transversal que teve como objetivo avaliar a qualidade de vida das pessoas idosas que vivem com HIV atendidas em serviços de referência no município de Recife. Participaram 241 indivíduos que foram selecionados por amostragem de conveniência e aleatória. Utilizou-se um questionário semiestruturado com 17 questões que versavam sobre aspectos clínicos e sociodemográficos. Além disso, foi utilizada a Escala da Avaliação Funcional de Barthel, a Escala de Sintomatologia Depressiva de Yesavage (versão reduzida), a Escala de Satisfação com a Vida (ESV), a Escala de Engajamento com a Vida, uma escala para avaliação da Saúde Autopercebida e o questionário específico para avaliação da qualidade de vida de pessoas com HIV (HAT-Qol). Os dados foram coletados de outubro de 2016 a maio de 2017. Em seguida, foi criado um banco de dados definitivo, o qual foi analisado pelo software SPSS 22.0. Foi realizada análise descritiva, de confiabilidade, de correlação, de comparação de grupos e comparação múltipla. Após análise, foi identificado que as comorbidades mais prevalentes foram a hipertensão arterial sistêmica (41, 4%), diabetes mellitus (26, 1%) e osteoporose (13, 8%), prevalência do sexo masculino (62, 6%), baixa escolaridade, maior comprometimento da qualidade de vida em relação aos domínios preocupações com o sigilo (51, 89), função sexual (63) e preocupações financeiras (64, 74). A melhor pontuação foi encontrada em preocupações com a medicação (87, 91), preocupações com a saúde (86, 80) e aceitação do HIV (82, 78). A maioria dos homens caracterizou sua saúde como boa, estava mais engajado com a vida e mais satisfeita. Houve diferença estatisticamente significante entre todos os domínios do HAT-Qol e as variáveis sociodemográficas. Em relação às comorbidades, os domínios que apresentaram diferença estatisticamente significante com mais de uma foram: função geral, satisfação com a vida e preocupações financeiras. A Saúde Autopercebida apenas não apresentou diferença significativa com a confiança no profissional. O engajamento com a vida apenas apresentou diferença significativa com o domínio satisfação com a vida (p 0,027). Encontrou-se uma correlação inversa entre todos os domínios do HAT-Qol e a sintomatologia depressiva, ao contrário da satisfação com a vida na qual a correlação foi positiva. A correlação entre a funcionalidade e os domínios do HAT-Qol foi positiva, porém fraca. Conclui-se que os homens apresentaram pontuações para uma melhor qualidade de vida em todos os domínios do HAT-Qol e também nas outras variáveis investigadas através das escalas utilizadas, e dentre os fatores associados a tal condição pode estar a escolaridade, a situação financeira, sua autopercepção e o estigma relacionado ao HIV, que parece ser mais forte em relação às mulheres.

Mais informações
(81) 2126.8538
ppgero@ufpe.br

 

Data da última modificação: 02/10/2017, 10:04