A categoria Smart Factory, promovida pela Plataforma Inovação para a Indústria, em colaboração com o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), tem como principal objetivo incentivar o desenvolvimento de novos produtos que acelerem a adoção de tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0 por Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) e diversos setores industriais.

Para os gestores das startups, a aprovação das startups XP Energy e Lactoquito nesta categoria é um reconhecimento significativo de seus projetos e contribuições para o avanço da indústria brasileira. Essas startups demonstraram excelência em inovação e têm potencial para impulsionar o crescimento e a competitividade do setor industrial. As startups aprovadas estão agora aptas a participar do programa Smart Factory, que oferece suporte técnico, mentoria, acesso a recursos e oportunidades de networking para desenvolver e implementar suas soluções inovadoras no mercado.

Fotos: Divulgação

Equipe da XP Energy trabalha com gerenciamento Inteligente de Energia

XP ENERGY - A XP Energy trabalha com gerenciamento Inteligente de Energia e tem como principal produto a plataforma de Gestão de Análise de dados de Energia com Monitoramento de Internet of Things (IoT). A startup funciona há quatro anos, tendo sido fundada em 4 de setembro de 2019.

De acordo com Fernando de Siqueira, CEO e cofundador da XP Energy, a ideia de criar a startup surgiu ainda na época da graduação. “Foi trabalhando com consultoria, na área elétrica, durante o período da graduação, atuando pela empresa júnior Watt Consultoria da UFPE, que descobrimos a necessidade de trabalhar com tecnologias para 4.0 IoT”, explica.

Com esta aprovação no concurso do Senai, a startup vai acelerar ainda mais a tecnologia com a qual trabalha, possibilitando uma escala maior dentro da indústria. “Vamos desenvolver, assim, em conjunto com o Senai, uma plataforma para que toda a indústria possa entender seus custos de energia na produção. Isso é muito enriquecedor para as empresas em geral, que antes precisavam de estimativas ou soluções com altos custos”, afirma Fernando Siqueira.

O total investido no projeto, somando a parte subsidiada pelo governo, com a contrapartida da própria startup selecionada, será de R$ 800 mil.

Lactoquito visa atender demandas emergentes no campo da indústria de laticínios

LACTOQUITO - Já a empresa Lactoquito é uma startup concebida com a missão de atender às demandas emergentes no campo da indústria de laticínios, no que concerne à preparação e à avaliação de novos produtos lácteos com propriedades funcionais, de conservação e produtividade elevada, desenvolvendo alternativas inovadoras, sustentáveis e viáveis economicamente. A startup já está ativa desde fevereiro de 2022.

“Utilizando ciência e tecnologia, associadas a uma visão multimercadológica, colaborativa e regionalizada, buscamos a aplicação de biomoléculas ativas extraídas a partir de resíduos do processamento de pescados, utilizadas como conservante natural. O objetivo é desenvolver soluções contra as perdas de produtividade na indústria de laticínios, utilizando novos insumos de baixo custo baseados em materiais biotecnológicos naturais e atóxicos, extraídos de fontes naturais e renováveis”, explica a fundadora da Lactoquito, Elizabel Melo.

Para Elizabel, ter sido contemplada com o edital Senai foi uma oportunidade transformadora. “Pois teremos a possibilidade de validar e ampliar mercado através da inserção da tecnologia em empresas do setor, com possibilidades de novas parcerias para fortalecer a implementação de inovação do setor lácteo”, explica.

A tecnologia inovadora produzida pela Lactoquito baseia-se na introdução do conservante natural no leite para produção de queijos, trazendo uma solução técnica diferenciada, demonstrando um processo de produção de queijo de coalho com resolutividade para os problemas relacionados com a matéria-prima. Podendo trazer para indústria um produto inovador e de grande aceitabilidade para os consumidores, que permitirá à rede de produção ter um produto durável e com grande qualidade para o mercado de laticínios.

Caso sejam as selecionadas finais no edital, a conquista representará um passo importante para as startups XP Energy e Lactoquito, e suas inovações contribuirão para o progresso da indústria brasileira. Mais informações sobre a categoria Smart Factory estão disponíveis no Plataforma Inovação para a Indústria. 

A XP Energy é formada por:
Fundadores:
Fernando de Siqueira – Engenharia Elétrica UFPE
Mateus Belo – Engenharia Elétrica UFPE
Decézaris Augusto – Engenharia da Computação UFPE
Leon Castelo Branco – Anjo investidor

Outros membros envolvidos entre sócios e estagiários (egressos e alunos):
Jonildo Antonio – Engenharia Elétrica UFPE
Gabriel Veloso – Engenharia de Controle e Automação UFPE
João Castelo Branco – Economista UFPE
Gabriel Augusto – Engenharia da Computação UFPE
Vinicius Folha – Cientista da Computação UPE
Tiago Guilherme – Engenharia de Controle e Automação UFPE
Adryan Santos – Engenharias UFPE
Igor Dalton – Engenharia Elétrica UFPE
Everaldo Lucena – Engenharia Elétrica UFPE
Michelly Silva – Engenharia da Computação UFPE
Flavio Candido – Engenharia de Controle e Automação UFPE

A Lactoquito é formada por:
Elizabel Melo – Fundadora da Lactoquito e doutora em Biotecnologia Industrial pela Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio/UFPE). Egressa da UFPE e atualmente pesquisadora do Departamento de Bioquímica da Universidade, onde vem atuando em pesquisas junto ao Laboratório de Enzimologia (Labenz).
Renata França – Médica veterinária formada pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), doutora em Ciências Biológicas (UFPE) e pós-doutora egressa da UFPE.
Ranilson de Souza Bezerra – Professor titular do Departamento de Bioquímica da UFPE.

Mais informações
XP Energy
Fernando de Siqueira
fernando.xpenergy@gmail.com
Lactoquito
Elizabel Melo
elizabelmelo@gmail.com