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Simpósio no HC discute cuidado com pacientes críticos internados em UTIs

O evento reuniu profissionais e estudantes da área da saúde com o objetivo de aprimorar conhecimentos, promover atualizações e trocas de experiências

O III Simpósio de Terapia Intensiva reuniu profissionais e estudantes da área da saúde envolvidos no cuidado ou interessados em cuidar de pacientes críticos internados em Unidades de Terapia Intensiva, manhã de ontem (30), no Anfiteatro 1 do Hospital das Clínicas da UFPE, unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Foram realizadas palestras com o objetivo de aprimorar conhecimentos, promover atualizações e trocas de experiências, com foco na busca pela melhor qualidade no atendimento global ao paciente crítico.

A abertura do evento foi realizada pelo superintendente do HC, Filipe Carrilho, que destacou a qualidade de entrega do simpósio e a composição dos palestrantes, que são de extrema importância para a propagação do conhecimento. “Nós sempre apoiamos iniciativas como essa, que são muito importantes para o hospital-escola que somos. É daqui que vai surgir parte das inovações que vão para fora. E com esse evento temos a oportunidade de manter nossa crítica elevada”, acrescentou.

A palestra inaugural foi conduzida pelo médico João Gabriel Rosas Ramos, especialista em Ciências Médicas, abordando o tema “Comunicação entre Equipe, Familiares e Pacientes: Traduzindo Diferentes Linguagens’. Ele destacou a relevância da comunicação eficaz no ambiente hospitalar, enfatizando aspectos como informação aos familiares, conforto e empatia para com o paciente, os conflitos da comunicação, entre outros. Essa ênfase na comunicação torna-se particularmente crucial dada a natureza sensível e complexa dos cuidados de saúde, impactando de maneira direta na qualidade do atendimento e na experiência do paciente.

Na sequência, a enfermeira Widlani Montenegro ministrou uma aula on-line sobre “Pics: intervenções necessárias para prevenção”. A profissional demonstrou formas de abordagens terapêuticas hospitalares que ajudam a prevenir agravos à saúde e segurança do paciente, destacando igualmente o contexto do ambiente de internação.

O evento prosseguiu com a participação da médica Rafaella de Almeida Freitas, especialista em Cuidados Paliativos, que abordou o tema “Doença Crítica Crônica”, um assunto que é pouco explorado no ambiente da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A palestrante explicou que essa condição se desenvolve em pacientes com longa permanência na UTI, caracterizada pelo uso excessivo dos recursos disponíveis nesse ambiente para uma pequena parcela de pacientes. Apesar de todos os esforços empregados, esses pacientes não apresentam qualidade de vida adequada, têm uma sobrevida limitada e enfrentam uma taxa de mortalidade extremamente elevada. “Quando não enxergamos o problema, continuamos perpetuando a nossa forma de trabalhar sem enxergar essa parcela de pacientes fragilizados. E no momento que trazemos para discussão essa abordagem interdisciplinar, conseguimos fazer os profissionais enxergarem esse paciente e melhorar a qualidade de atendimento”, completou.

Para Ana Valéria Gonçalves, residente em clínica médica no HC, todas as temáticas abordadas no simpósio envolvem qualquer paciente, desde o que está na emergência até o que está em situação crítica na UTI. “É uma visão ampla que é, inclusive, uma característica da UTI do HC. Essa visão multidisciplinar é extremamente importante para qualquer paciente que você vá abordar. Então, eu acredito que vai agregar desde a primeira abordagem até o acompanhamento e a evolução, para que ele tenha a melhor assistência e recuperação possível”, afirmou.

Data da última modificação: 01/12/2023, 15:32