A equipe do Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas da UFPE, unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, promoveu ontem (12) o evento “International Meeting: Desafios em Paliação”. Realizado no auditório da Faculdade de Medicina do Recife, prédio do curso médico da Universidade, o encontro abordou vários temas ligados aos cuidados paliativos nas palestras como “Comunicação de más notícias”, “Comunicação de prognóstico” e “Diretivas antecipadas”.

Foto: HC-Ebserh

Frank Ferris falou sobre o cuidado com as emoções dos pacientes

O evento contou com a participação do médico Frank Ferris, diretor executivo do Ohio Health, que trabalha com cuidados paliativos há 31 anos, e é professor dessa disciplina na Unversidade de Ohio (EUA). Alguns pontos foram destacados pelo palestrante, como a importância da comunicação dos profissionais da saúde com os pacientes, o cuidado com as emoções desses pacientes, principalmente, ao comunicar notícias ruins, além da importância do contato e da aproximação física com o paciente. “É preciso aprender a conhecer o paciente que está na sua frente’’, afirmou Frank Ferris.

Foi abordada também a importância de deixar o paciente liberar suas emoções. Nesse caso, explicou Ferris, “o profissional deve se sentar em silêncio e esperar que ele queira conversar, dizer o que está sentindo e tirar as dúvidas sobre o seu diagnóstico”. Ferris ainda ressaltou que o paciente tem direito de recusar o recebimento da informação sobre seu diagnóstico ou designar alguém da família para receber a notícia por ele. E que o objetivo do profissional é compartilhar a notícia sem eufemismos, com uma linguagem simples e clara fazendo com que ele tenha a possibilidade de entender e processar a informação. “O paciente precisa de espaço para assimilar as informações”, completou.

Para o chefe do Serviço de Geriatria do HC, Eduardo Figueredo, “esse evento é importante porque a gente precisa estabelecer uma cultura de paliação tanto dentro da comunidade do hospital como também dentro do serviço de geriatria, além de poder ofertar isso à comunidade acadêmica.”