Este mês, o município maranhense de São Luís recebeu o título de Capital Nacional do Reggae e o Giro Nordeste traz, hoje (29), o diretor do Museu do Reggae, no Maranhão, Ademar Danilo para comentar sobre esse reconhecimento. Na conversa, o pesquisador discorre sobre a chegada do estilo musical em terras maranhenses, a dança “agarradinho” e sobre o primeiro museu sobre reggae fora da Jamaica. Apresentada pela TVU (canal 11.1), a produção vai ao ar às 20h nas sextas-feiras e, nesta edição, tem a participação remota da jornalista da UFPE Stela Maris Saldanha.

Sobre a difusão do gênero musical de origem jamaicana na cidade de São Luís, o radialista e produtor cultural admite que “é impressionante como o reggae é um fenômeno sociocultural de uma música, de um ritmo que não tocava nas rádios, um ritmo que não era vendido nas lojas de discos do início dos anos 70, como é que essa música cantada em uma outra língua que o brasileiro não fala, cantada em inglês, o nome das músicas, o nome do cantor, como é que diante de tudo isso essa música é apropriada pelo maranhense e transformada em um elemento cultural do Maranhão”. E conclui que “ninguém explica o motivo pelo qual o reggae é tão popular no Maranhão”.

Ademar revela que “hoje, o reggae impacta, influencia a nossa maneira de falar, a nossa maneira de vestir e principalmente a nossa maneira de dançar. O maranhense inventou uma maneira própria de dançar o reggae que é o ‘agarradinho’, que, por sinal, até o final do ano será tombada como patrimônio cultural imaterial do Maranhão”. De acordo com o pesquisador, a dança do reggae “agarradinho” só é dançada no Maranhão e “onde nós temos alguma influência”, como os estados vizinhos do Amapá, Pará, Piauí e Ceará.

O Giro Nordeste é uma produção da TVE Bahia em parceria com emissoras públicas de rádio e televisão do Nordeste.