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Psiquiatra do HC fala sobre o Setembro Amarelo, mês de prevenção do suicídio

Rodrigo Silva destaca que é importante falar sobre o suicídio entre as medidas de prevenção

Acolher e ajudar as pessoas com problemas que podem levar ao suicídio é a principal tarefa da campanha Setembro Amarelo, que alerta e conscientiza para a importância da prevenção ao ato de tirar a própria vida, causa da morte de cerca de 12 mil brasileiros por ano e de mais de um milhão de pessoas no mundo, segundo estimativas. O psiquiatra Rodrigo Silva, do Hospital das Clínicas da UFPE, destaca que é importante falar sobre o suicídio e tirar esse estigma sobre o tema porque, em grande parte das vezes, ele pode ser prevenido. “Quando a gente conscientiza e sabe como ajudar, é possível evitar em muitos casos. Temos como reconhecer uma pessoa com depressão, que tem aquela tristeza, aquela falta de vontade em fazer as tarefas da vida e oferecer uma escuta, acolher essa pessoa e ajudar a procurar um serviço de saúde mental”, explica ele. O HC é unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Uma revisão de 31 artigos científicos publicados entre 1959 e 2001, englobando 15.629 suicídios na população geral, demonstrou que, em 96,8% dos casos, estavam relacionados a transtornos mentais, como depressão, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias (como álcool e outras drogas). Outro fator de risco importante é a tentativa prévia. Outros fatores que podem se associar ao comportamento suicida têm cunhos socioculturais, econômicos e ambientais, etc. “É importante estar atentos aos sinais que as pessoas demonstram”, completa Rodrigo Silva. 

O HC tem uma Unidade de Atenção Psicossocial que acolhe e acompanha pessoas tanto no Ambulatório quanto na Enfermaria. Elas são encaminhadas pela Central de Regulação da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e egressas de outras clínicas do hospital-escola. A “porta de entrada” no serviço público são as Unidades Básicas de Saúde, que integram a Rede de Atenção Psicossocial (RAPs), ao lado dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, Centros de Convivência, Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), Atenção de Urgência e Emergência, Unidades de Acolhimento, Serviços Residenciais Terapêuticos e Leitos de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas em Hospitais Gerais, entre outros serviços de saúde.

Data da última modificação: 01/09/2020, 16:31