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Professor da UFPE é reeleito presidente da Academia Pernambucana de Letras

Assembleia geral para a eleição reuniu acadêmicos na sede da instituição

Com informações da assessoria da APL

Na Assembleia Geral ocorrida na tarde de segunda-feira (27), na sede da Academia Pernambucana de Letras (APL), foi eleita a diretoria da instituição para o próximo biênio (2024/2026), tendo sido reeleito presidente o professor Lourival Holanda, do Departamento de Letras da UFPE. A diretoria também será composta pela 1ª vice-presidente Luzilá Gonçalves; o 2° vice-presidente, José Mário Rodrigues; a tesoureira Ana Maria César e o secretário-geral Cícero Belmar. A cada dois anos, a eleição ocorre para definir os integrantes que formarão a diretoria responsável pela gestão para o biênio seguinte.

Foto: Divulgação

Nova diretoria é eleita por ocasião da assembleia geral

A diretoria é composta ainda pelos cargos de 1º e 2º secretários, para os quais foram eleitos os acadêmicos George Cabral (docente do Departamento de História da UFPE) e Ângelo Castelo Branco. Para a comissão de contas, foram eleitos os acadêmicos Alvacir Raposo, Lourdes Sarmento, José Nivaldo e Margarida Cantarelli, eleita como suplente.

O grupo eleito será responsável por administrar a instituição e estabelecer as diretrizes para os próximos dois anos, além de dialogar com os acadêmicos e as entidades, mantendo a programação cultural regular da APL. A posse da diretoria eleita ocorrerá em janeiro, com a celebração dos 123 anos de fundação da APL, durante solenidade na sede da instituição.

“O grupo permanece, mas será uma outra gestão. Estamos esperançosos e pretendemos continuar a transformar a Academia na casa do escritor pernambucano, preservar o nosso legado e incentivar a produção literária que é a nossa função social”, explica o presidente reeleito da APL, Lourival Holanda. Para o biênio seguinte, Holanda já antecipa a realização de cursos de cultura literária abertos ao público.

Lourival Holanda é natural de Bodocó, no sertão do Araripe. Cursou Filosofia em Paris, na Universidade de Paris VIII, é doutor em Letras pela Universidade de São Paulo, professor de Literatura da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), membro da APL, ocupante da cadeira de número 4 desde 2016, e do Instituto Arqueológico, Geográfico e Histórico de Pernambuco. É autor de vários estudos sobre cultura e literatura no Brasil e na França. Publicou “Fato e fábula” (1999); “Sob o signo do silêncio” (1992), estudo comparativo sobre “Vidas secas”, de Graciliano Ramos, e “O estrangeiro, de Albert Camus; e ““Realidade inominada” (2019). Ele foi empossado como presidente da APL em 2022, quando a nova diretoria da Casa tomou posse para o biênio 2022-2024.

A Academia Pernambucana de Letras é a terceira casa literária do Brasil, fundada depois da cearense e da brasileira, no dia 26 de janeiro de 1901. O objetivo do grupo fundador, encabeçado pelo escritor Carneiro Vilela, era discutir e cultivar a língua portuguesa e a literatura produzida em Pernambuco. Hoje, 122 anos depois, a instituição é uma das mais importantes do país e conta com programação cultural gratuita e aberta ao público, com exposições, palestras de escritores, poetas, artistas e músicos, além de lançamentos de livros e concursos literários.

A organização pernambucana reúne entre os imortais nomes como Joaquim Nabuco, Ariano Suassuna, João Cabral de Melo Neto, Barbosa Lima Sobrinho, Manuel Bandeira, Dantas Barreto e Marco Maciel, por exemplo. Atualmente, cinco integrantes ocupam cadeiras nas academias pernambucana e brasileira simultaneamente. São eles: Marcos Vilaça, Geraldo Holanda Cavalcanti, Evanildo Bechara, Evaldo Cabral da Costa e José Paulo Cavalcanti Filho.

Data da última modificação: 29/11/2023, 14:35