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Oficinas, lançamento de foguetes e observação do céu fazem parte da Semana de Astronomia

Evento do Espaço Ciência tem como mote o conhecimento dos povos antigos e indígenas

Da assessoria do Espaço Ciência

A Astronomia é o centro das atenções do Espaço Ciência e Observatório da Sé na próxima semana. De segunda (11) a sexta-feira (15), diferentes atividades e oficinas marcam a Semana da Astronomia que, este ano, tem como mote o conhecimento dos povos antigos e indígenas.

“Observar o céu, orientar-se pela posição dos astros, marcar a passagem do tempo: dia e noite, meses, anos, estações sazonais... Tudo isso é parte do conhecimento das mais diferentes civilizações. Precisamos resgatar essa nossa relação com o cosmos”, afirma o diretor do Espaço Ciência, Antonio Carlos Pavão, professor da UFPE.

Realizada geralmente em setembro, a Semana da Astronomia lembra o mês de nascimento do alemão George Marcgrave, que fundou, no Recife, o primeiro Observatório das Américas, fazendo de Pernambuco uma referência histórica no que se refere à Astronomia.

A montagem e lançamento de foguetes é uma das atrações. Quem participa da programação, tanto no Espaço Ciência quanto no Observatório da Sé, é o professor Antônio Carlos Miranda, da UFRPE, recentemente homenageado pela Câmara Municipal do Recife. Ele é responsável pelo projeto “Desvendando o Céu Austral”, que ajuda a popularizar o conhecimento astronômico no estado. “Miranda é o nosso Marcgrave contemporâneo”, afirma Antonio Carlos Pavão.

ASTRONOMIA INDÍGENA – As constelações indígenas e o conhecimento dos povos antigos são temas de várias das atividades realizadas durante a semana. No Espaço Ciência, duas oficinas resgatam a observação dos astros para medir o tempo e prever fenômenos meteorológicos.

Os visitantes poderão construir um relógio solar usando apenas papelão, caneta e cola. Com ele, poderão observar a posição da sombra projetada pelo sol e, a partir dela, descobrir a hora. Poderão também construir um Observatório Indígena com pedrinhas e papelão, para prever as estações sazonais e fenômenos como solstícios e equinócios.

No Planetário, eles poderão observar a projeção de constelações indígenas e perceber que cada povo vê o céu de uma forma diferente. O que no Planetário é visto em forma de projeções, no Observatório da Sé poderá ser observado pelo telescópio. Durante a semana, estarão visíveis constelações indígenas como as da Ema ou Avestruz Branca (Iandutim), dos Povos Tupinambá/Guarani, e da Anta do Norte, dos povos do Norte do Brasil.

OFICINAS – Outros aspectos da Astronomia serão abordados em diferentes oficinas. A Teoria da Gravitação Universal, por exemplo, poderá ser mais bem compreendida a partir da construção de um modelo de poço gravitacional que simula a deformação da estrutura do espaço–tempo a partir de um corpo denso. A atividade será realizada tanto no Espaço Ciência quanto no Observatório da Sé.

 

Outra opção é conhecer melhor as fases e movimentos da Lua, em demonstração realizada no Espaço Ciência. Ou, no Observatório da Sé, construir um espectroscópio caseiro, instrumento destinado a separar os componentes de um espectro óptico e que ajuda cientistas a descobrir a composição química dos planetas e estrelas.

OBSERVAÇÃO – A observação do céu é outra atração da Semana da Astronomia. Tanto no Espaço Ciência quanto no Observatório da Sé, a observação do sol poderá ser feita a partir de telescópio equipado com filtro.

Na Sé, o visitante pode observar, ainda, a Lua, que estará em sua fase minguante; e planetas como Saturno, Mercúrio e Júpiter. Dentre as  constelações, as mais visíveis serão Cruzeiro do Sul, Centauro, Escorpião, Virgem, Boieiro, Coroa Austral, Triângulo Austral, Lobo e Compasso.

O Espaço Ciência funciona de segunda a sexta, das 8 às 12h e das 13 às 17h, e aos sábados e domingos, das 13h30 às 17h. O Observatório da Sé está aberto de terça a domingo, de 16 às 20h. Entrada gratuita.

Data da última modificação: 08/09/2017, 11:31