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Observatório da Vida Agreste, do CAA-UFPE, e Cajueira atuam juntos na criação do primeiro banco de fontes do Nordeste

O levantamento nasceu para diminuir a expressiva ausência de pessoas do Nordeste nas coberturas da imprensa nacional

Um banco de dados que pode ser utilizado não só para a confecção de reportagens, documentários e podcasts, mas também para pesquisas acadêmicas, terceiro setor e todas as pessoas que buscam fontes especializadas. Um levantamento que nasce para diminuir a expressiva ausência de pessoas do Nordeste nas coberturas da imprensa nacional. O Guia Nordeste de Fontes Jornalísticas, elaborado pelo Observatório da Vida Agreste (OVA) da UFPE, do Centro Acadêmico do Agreste (CAA), se somou à Cajueira, curadoria do Jornalismo independente nos Estados do Nordeste, na confecção do primeiro banco de fontes nordestinas do país.

O levantamento faz parte da nova Rede Cajueira, plataforma que agrega um banco de profissionais da comunicação baseados no Nordeste e ainda um agregador de notícias dos veículos de Jornalismo independente da região. A pesquisa do OVA se dedica à busca - por área de conhecimento, raça, gênero e região - de especialistas localizados nas universidades públicas do Nordeste, especialmente aquelas do interior (incluindo centros acadêmicos cujas sedes são nas capitais). Para isso, investiga dados do Censo da Educação Superior (Instituto Anísio Teixeira/Ministério da Educação) e plataforma Lattes (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/CNPq).

Outro braço do levantamento, em paralelo, está sendo realizado para uma reportagem especial que acompanhará o lançamento da versão impressa do Guia Nordeste de Fontes Jornalísticas. Nele, a equipe do OVA realiza leitura, visualização e escuta de diversos veículos - jornais, revistas, podcasts, sites - para mostrar, em espaços de duas semanas, quantas vezes as fontes nordestinas são trazidas. 

“É uma forma interessante de mostrar, também, cor, gênero e, claro, localidades das pessoas escolhidas como fontes especialistas”, diz Fabiana Moraes, docente do CAA/UFPE e coordenadora do Observatório. Outro ponto destacado é a presença mais forte de universidades públicas localizadas no interior do Nordeste, que aparecem ainda menos nesses espaços midiáticos de poder. “A pesquisa realizada nessas universidades é pouquíssimo presente nas pautas diárias”, comenta Fabiana.

A equipe do OVA à frente do projeto é composta por César Freitas, Lucas Bezerra, Janniny Nascimento, Karolyne Santiago, com participação especial de Alice Gomes e Eduarda Rodrigues. O levantamento e raspagem de dados conta com o apoio de Tiago Henrique, que vai ministrar oficinas de Jornalismo de dados dentro do projeto. O guia tem fomento das bolsas Pibex (Pró-Reitoria de Extensão e Cultura) e do Centro Cultural Brasil-Alemanha (CCBA).

O lançamento da Rede Cajueira, que pode ser acompanhado no YouTube, marcou os três anos de existência do grupo, criado pelas jornalistas nordestinas Joana Suarez, Mariama Correia, Mariana Ceci e que conta com a jornalista Jayanne Rodrigues no comando do Cajuzap. O banco de dados da rede já conta com dois mil contatos indexados.

Mais informações
Instagram do Observatório da Vida Agreste
@ovaufpe 

Data da última modificação: 24/11/2023, 11:50