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Mutirão de Transcidadania do HC oferece serviços sociais para população trans e travesti

Evento contou com a participação da equipe do Espaço Trans, além de representantes de órgãos que viabilizaram serviços oferecidos

O Espaço de Cuidado e Acolhimento Trans do Hospital das Clínicas da UFPE, em parceria com a Coordenadoria Estadual LGBT, promoveu, durante a manhã de ontem (22), o I Mutirão de Transcidadania da unidade. O evento teve como objetivo oportunizar à população T (transexuais, travestis e transgêneros) o acesso às instituições e serviços relacionados à cidadania – como entrada e regularização de documentação, dentre outros aspectos da vida civil.

Foto: Yago Mendes

Evento ocorreu no Anfiteatro 2 do Hospital das Clínicas

Realizado no Anfiteatro 2 do HC, o mutirão contou com a participação de toda a equipe do Espaço Trans, além de representantes de demais órgãos que viabilizaram a aplicação dos serviços oferecidos. O HC é filial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

O público do evento, que englobou pessoas já atendidas pelo Espaço Trans e também demais integrantes da população T interessados, pôde emitir documentos como carteira de trabalho e também dar entrada na segunda via de registro de nascimento em um ambiente com pleno apoio e respeito a questões como nome social. Outro diferencial do mutirão foi a possibilidade de o público realizar uma intermediação de mão de obra, ou seja, um cadastramento juntamente à Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Recife para apoio de inserção no mercado de trabalho, o que geralmente representa uma grande dificuldade para essa população.

“A ideia foi divulgar à população T os equipamentos e as possibilidades de inclusão no âmbito do trabalho e também questões relacionadas à garantia de direito e organização de suas vidas civis”, explicou a coordenadora do Espaço Trans, Suzana Livadias.

A designer Joana Casotti, que é atendida pelo Espaço Trans há cerca de um ano, aprovou a iniciativa e destacou o ambiente confortável para a população T que foi promovido durante o evento. “É geralmente difícil para pessoas como nós, transexuais, ir atrás desses direitos ou documentações em espaços gerais – já que é comum que esses espaços sejam hostis e, por exemplo, não respeitem nossa identidade de gênero e nos exponham a constrangimento. Aqui, além da facilidade em garantir esses direitos civis juntamente aos órgãos responsáveis, ainda houve todo um acolhimento e respeito que é um diferencial para nós”, comentou.

Dentre as entidades apoiadoras e participantes do evento, estiveram a Gerência Livre Orientação Sexual (Glos/Recife); do Centro Estadual de Combate à Homofobia (Cech); da Secretaria Executiva de Assistência Social de Pernambuco (Seas/CAD Único); do Centro de Referência em Cidadania LGBT do Recife e a Associação de Homens Trans e Transmasculinidade (AHTM).

 

 

Data da última modificação: 23/03/2018, 15:30