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Museus, coleções científicas visitáveis e galerias de arte da UFPE ganham nova resolução

Será lançado ainda este ano um edital de apoio a ações de preservação do patrimônio e de memória da Universidade

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) aprovou uma resolução que disciplina o funcionamento dos museus, coleções científicas visitáveis e galerias de arte vinculados às atividades de ensino, pesquisa e extensão da UFPE. O documento foi aprovado em reunião do Conselho Coordenador de Ensino, Pesquisa e Extensão (CCEPE) da UFPE na sexta-feira (19). A pró-reitora de Extensão e Cultura (Proexc), Christina Nunes, anunciou que a Proexc vai lançar, nos próximos dias, um edital de apoio a ações de preservação do patrimônio e de memória da Universidade.

“Essa construção vem ocorrendo há mais de dois anos e reuniu profissionais (docentes e técnicos) especialistas na área de Museologia e altamente conectados com as legislações do mundo todo. A resolução foi amplamente debatida e chega ao conselho legitimada por toda essa construção coletiva”, afirma a pró-reitora. “Isso marca a história da UFPE, que, pela primeira vez, olha para seu patrimônio cultural e seus museus e reconhece esse ambiente de ensino, pesquisa e extensão como um grande aporte acadêmico, científico e cultural para a universidade e para a sociedade pernambucana”, completou.

Para o diretor de Cultura da Proexc, Luís Reis, esse é um primeiro passo fundamental. “A Universidade tem muitos espaços que praticamente operam na informalidade, dependendo da abnegação de servidores que cuidam dessas coleções por amor. Agora, com esse documento, vamos começar outras lutas para que esses equipamentos interajam com a sociedade na construção de conhecimento”, explicou. O professor enumera que a UFPE conta com muitos espaços expositivos e com um patrimônio que inclui mobiliário do século XIX e obras de arte. “A gente tem que reconhecer para poder preservar”, defendeu.

Foto: Divulgação

Museu de Minerais e Rochas é ligado ao Departamento de Geologia

A diretora do Museu de Minerais e Rochas, Sandra de Brito Barreto, considera que a resolução um salto de mentalidade e responsabilidade. “A UFPE deu um passo dos mais importantes para a preservação, guarda, conservação e possibilidade de difusão do conhecimento que é gerado dentro da Universidade do ponto de vista do patrimônio material e imaterial”, ressaltou. “Agora esses espaços passam a ser reconhecidos como unidades que constituem a instituição e guardam acervos”, disse a professora, que está à frente do museu, vinculado ao Departamento de Geologia, desde 2003.

A diretora explicou que a construção da resolução não se deu apenas por uma comissão temporária, mas vem sendo discutida dentro do campus há muitos anos. Com o reconhecimento formal, a memória institucional vai poder se organizar e expandir de forma ordenada. “É um dia de reconhecimento da importância da sua memória e da cultura científica, tecnológica e artística gerada dentro da instituição. É também um reconhecimento da necessidade de se manter o respeito à diversidade e à cidadania”, comemorou a professora.

Data da última modificação: 23/10/2018, 14:54