O médico nefrologista do Hospital das Clínicas da UFPE Ubiracé Elihimas Júnior desenvolveu um robô capaz de prever a probabilidade de transplantados idosos desenvolverem pior função renal um ano após o procedimento, o que pode ajudar a minimizar os danos com um acompanhamento ainda mais dirigido. O HC é unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Foto: HC-UFPE/Ebserh

Robô é um dos produtos da tese de doutorado do nefrologista Ubiracé Júnior

“O transplante renal é o melhor tratamento para longevidade e qualidade de vida de pacientes com doença renal crônica, mas há, ao longo do tempo, uma piora nas funções renais porque o transplante não é infinito. Essa Técnica de Aprendizado de Máquina atua ajudando a predizer quais complicações podem surgir com a progressão do declínio das funções renais, a partir da análise de oito indicadores (como índice de massa corpórea, hipertensão arterial média pré-transplante, rejeição aguda mediada por anticorpos, entre outros)”, explica Ubiracé.

O Delphus Kidney Transplant Bot (Robô de Transplante Renal) aprendeu a classificar as informações técnicas do pós-transplante a partir de algoritmos da rede neural artificial. “Ele provou ser preciso e sensível e pode ser usado no dia a dia médico ajudando na tomada de decisões no acompanhamento desse paciente transplantado”, completa Ubiracé.

O robô é um dos produtos da pesquisa de doutorado de Ubiracé Elihimas, feito na Universidade de Pernambuco (UPE), assim como a publicação do artigo “Logistic Regression Model in a Machine Learning Application to Predict Elderly Kidney Transplant Recipients with Worse Renal Function One Year after Kidney Transplant: Elderly KTbot” (Modelo de Regressão Logística em uma Aplicação de Aprendizado de Máquina para Prever Receptores Idosos de Transplante Renal com Pior Função Renal um ano após o Transplante Renal: KTbot Idoso).