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Laboratório ligado ao Departamento de Design da UFPE trabalha com análise de segurança de brinquedos
O Laboratório de Concepção e Análise de Artefatos Inteligentes (LaCA²I) tem convênio com o Inmetro-RJ desde 2018

Especialmente nesta época do ano, perto do Dia das Crianças e do Natal, costumam ser intensificados os alertas sobre a importância de se observar a segurança dos brinquedos. Entre as orientações mais básicas, estão a de procurar indicações sobre a faixa etária indicada e a presença do “selo do Inmetro” na embalagem, pois o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) submete os produtos a vários testes junto com um time de laboratórios acreditados. Você sabia que parte desse processo envolve a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)?
O Laboratório de Concepção e Análise de Artefatos Inteligentes (LaCA²I), do Departamento de Design (dDesign-UFPE), tem um convênio com o Inmetro-RJ desde 2018 e, além de participar da análise de produtos, também desenvolve peças para serem utilizadas nos testes de segurança. A parceria entre o laboratório e o instituto, no entanto, existe desde 2015.
Coordenador do LaCA²I, o professor Walter Franklin Marques Correia apresenta o trabalho que vem sendo realizado pelo grupo: “Já fizemos análises de brinquedos, de carrinhos de bebê e de embalagens como as de pão bisnaguinha e latas de sardinha, entre outros produtos. E desenvolvemos artefatos, ou seja, modelamos e criamos esses itens [utilizados nos testes] a depender da necessidade.”
Ele cita a criação de gabaritos para serem utilizados em testes de segurança. A equipe do LaCA²I produziu, por exemplo, peças tubulares que simulam a traqueia de uma criança e são utilizadas nos testes feitos para avaliar os riscos de asfixia (os gabaritos são criados conforme a norma ABNT NBR NM 300-1, que trata da segurança de brinquedos). “Enviamos ao Inmetro-RJ vários desses gabaritos para que eles fossem distribuídos a outros órgãos que também realizam testes similares”, recorda o professor Walter Franklin.
“As peças produzidas para o trabalho com o Inmetro-RJ foram modeladas com um software 3D e, depois, impressas em uma impressora 3D do tipo FFF ou FDM, que trabalha com Filamento PLA”, explica o professor Walter Franklin, referindo-se ao processo de impressão 3D no qual um fio de material termoplástico é derretido na impressora para, em seguida, ser construído no formato desejado.
“Além desses gabaritos de normas, que são compartilhados com órgãos e laboratórios, podemos citar um trabalho que fizemos com o Instituto Keizo Asami (Lika-UFPE), por meio de um projeto do CNPq. Imprimimos corações em 3D que reproduziam tipos de cardiopatia neonatal e serviam de base para estudos antes da cirurgia, por exemplo. Também imprimimos modelos para testes ergonômicos”, acrescenta o docente.
Atualmente, o LaCA²I está em fase de preparação para a acreditação do Inmetro (o termo “acreditação” é utilizado para designar o reconhecimento oficial que uma entidade recebe para poder exercer uma atividade específica). Trabalham no laboratório 16 pesquisadores de várias áreas, junto a alunos de mestrado e de doutorado e estagiários e alunos vinculados ao Pibic e Pibiti.
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Laboratório de Concepção e Análise de Artefatos Inteligentes