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HC realiza cirurgia de alta complexidade com uso de tecnologia 3D
A microcirurgia de alta complexidade envolveu 11 cirurgiões plásticos, vasculares e de cabeça e pescoço, além de dois anestesiologistas e equipe de apoio do HC
Depois de 13 horas de duração, a equipe médica do Hospital das Clínicas da UFPE finalizou a sua sétima cirurgia de reconstrução de mandíbula retirando e moldando a fíbula (um dos ossos da perna) para ser utilizada no rosto, em procedimento que utilizou a tecnologia 3D. A paciente, de 48 anos, está sob observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), de onde deve sair para a Enfermaria hoje (13). A alta hospitalar deve ser dada na próxima semana. O HC-UFPE é unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
Foto: Moisés de Holanda/HC-Ebserh
A cirurgia foi considerada muito grande complexa pela equipe médica
“A paciente está na UTI, traqueostomizada e passa bem. Uma análise melhor do pós-operatório será feita nos próximos dias com o acompanhamento do quadro. Ela passou por uma cirurgia muito grande e complexa. Nossa equipe captou um osso, realizou a moldagem dele para a nova função e o transferiu para depois fazer a ligação da artéria e da veia para levar nutrientes e oxigênio a esse osso que mudou de lugar”, explica o chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do HC, Rafael Anlicoara.
A expectativa era que o procedimento durasse cerca de oito horas, já que um protótipo 3D com o tamanho exato da mandíbula da paciente (feito a partir de tomografias) foi utilizado como base para a moldagem da fíbula “transformando-a” na nova mandíbula, o que pouparia cerca de duas horas. Mas uma variação anatômica na veia da perna esquerda da paciente exigiu um cuidado maior para não danificar o vaso, o que atrasou o processo de captação do osso. “A veia fazia um trajeto diferente do habitual na perna dela”, informa.
A microcirurgia de alta complexidade envolveu 11 cirurgiões plásticos, vasculares e de cabeça e pescoço, além de dois anestesiologistas e equipe de apoio do HC. O procedimento contou também com a participação do cirurgião plástico Marco Maricevich, graduado em Medicina pela UFPE, pós-doutor pela Universidade de Harvard e professor da Faculdade de Medicina da Baylor, no Texas, nos EUA. “Marco faz esse tipo de cirurgia com grande frequência nos Estados Unidos e pôde passar os seus conhecimentos, o que nos dá informações e segurança para operações futuras”, conta Rafael Anlicoara.
A paciente deve ficar cerca de dez dias internada no HC e, a partir daí, começa a fazer reabilitação com Fisioterapia e Fonoaudiologia. Depois disso, precisará de implantes dentários osteointegrados. Ela vivia há quatro anos com apenas 30% da mandíbula, parte que restou de um procedimento em que precisou retirar um tumor, o que provocou deformidade física no rosto e prejuízo nas funções da fala, respiração e alimentação.