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HC desenvolve projeto de saúde digital para monitorar feridas de pacientes no pós-cirurgia
Projeto prevê que, por meio de smartphones ou computadores, pacientes receberão lembretes de cuidados, atualizações sobre estado de saúde e alertas
Monitorar a evolução da cicatrização pós-cirúrgica de pacientes que já receberam alta hospitalar é o objetivo do projeto “Implantação de Chatbot Inteligente para Monitoramento da Jornada de Pacientes em Cirurgias Limpas”, que foi aprovado no Edital Facepe “Pernambucanas Inovadoras 2023”. O projeto é uma parceria do Hospital das Clínicas da UFPE com a startup Aicury e entrará em fase de desenvolvimento em setembro, com duração de um ano. O HC é uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
“Em parceria com a Aicury, vamos desenvolver um assistente virtual inteligente (chatbot) alimentado por tecnologia de Inteligência Artificial para acompanhar e monitorar pacientes pós-cirúrgicos do HC. O chatbot possui a habilidade de interagir por texto e voz, oferecendo uma comunicação eficiente e instantânea entre o paciente e a equipe médica”, salienta a coordenadora do projeto e chefe do Setor de Tecnologia da Informação e Saúde Digital (Setisd) do HC, Shirley Cruz.
O projeto é uma iniciativa do Programa de Saúde Digital do HC e congrega profissionais do Setisd e da Comissão de Controle das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (CCIRAS) do HC. A iniciativa surgiu a partir de uma parceria com o Sebrae-PE em que foram mapeados pontos de melhoria no hospital após o MatchDay Saúde & Tecnologia, realizado em março, pelo CIn e pelo HC.
Um desses pontos foi o monitoramento de pacientes submetidos a cirurgias limpas, que precisam ser acompanhados pela vigilância pós-alta da CCIRAS para identificar as infecções de sítio cirúrgico, prevenir as complicações e promover a recuperação adequada. Cirurgias limpas são aquelas realizadas em tecidos estéreis ou que são passíveis de descontaminação. São também eletivas, sem drenagem e em que não ocorrem penetração nos tratos digestivo, respiratório e urinário.
“Do ponto de vista do controle de infecção, é o reflexo da integração entre saúde e tecnologia. Essa solução tecnológica poderá ajudar a população e promover um SUS de qualidade e excelência”, afirma a enfermeira Andreza Cavalcanti, chefe da Unidade de Vigilância em Saúde do HC e presidente da CCIRAS.
A coordenadora do projeto, Shirley Cruz, explica que, por meio de smartphones ou computadores, os pacientes receberão lembretes de cuidados, atualizações sobre o seu estado de saúde e alertas em caso de possíveis complicações. “Com a tecnologia da Inteligência Artificial, o chatbot tem capacidade de entender e responder às demandas de maneira contextualizada, garantindo um suporte contínuo após a alta hospitalar e contribuindo significativamente para a recuperação do paciente”, afirma.
A enfermeira da CCIRAS Virgínia Menezes destaca que a jornada do paciente no hospital, especialmente em relação às cirurgias limpas, é um processo marcado por diversos desafios que podem repercutir na recuperação do paciente e na eficácia geral do sistema de saúde. “Nosso objetivo é melhorar o acompanhamento e a eficiência do atendimento ao paciente, reduzindo complicações pós-operatórias, novos internamentos, diminuindo custos e melhorando a satisfação dele”, ressalta.
PARCERIA - A parceria com o HC é destacada pela Aicury – Tecnologias Inteligentes em Feridas, startup incubada no Centro de Informática (CIn) da UFPE. “Essa parceria é estratégica e vital porque o desenvolvimento de soluções baseadas em Inteligência Artificial para a avaliação e o monitoramento de pacientes com feridas reflete o compromisso e dedicação de toda a nossa equipe”, pontua a CEO (diretora executiva) da Aicury, Geicianfran Roque, que é graduada em Enfermagem e doutoranda em Ciência da Computação pela UFPE. O CPO (diretor de produtos) da Aicury, José William, destaca que “mais do que simplesmente otimizar processos, essas soluções têm o potencial de promover resultados melhores para os pacientes”.
O Edital da Facepe (Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia de Pernambuco) tem como objetivo incentivar e fortalecer as iniciativas empreendedoras planejadas e coordenadas pelas pesquisadoras pernambucanas para geração de inovações tecnológicas, sejam produtos, processos ou serviços criativos.
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