O Grupo de Estudos e Pesquisas em Autobiografias, Racismos e Antirracismos na Educação (Gepar), coordenado pela professora Auxiliadora Martins e pelo professor Ricardo Neves, celebra 11 anos de existência no dia 26 de fevereiro. E para comemorar seu aniversário, amanhã (7), o Gepar promove um evento com várias ações artísticas, culturais e educativas, dentre elas a “Batalha do Largo da Bomba do Hemetério”, às 17h, no Centro de Educação (CE), na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

A “Batalha do Largo da Bomba do Hemetério” integra um fenômeno denominado de “As batalhas de rima” que surgem como um processo de resistência e de expressão da arte de rua. Funcionam como uma roda de pessoas, onde ocorre um duelo de rimas entre MCs, com o público elegendo o vencedor. A batalha também é composta por poetas e outros artistas, configurando-se como uma manifestação cultural da comunidade. Essa prática se baseia na cultura hip-hop, que nasce como um movimento político – cultural – artístico – educativo de resistência à opressão e às desigualdades que incidem sobre as favelas, periferias e comunidades negras.

Todos são convidados a participar da “Batalha” e das demais atividades promovidas pelo Gepar, celebrando um pouco mais de uma década de compromisso com a educação antirracista e a promoção da diversidade na UFPE e em Pernambuco. É uma oportunidade não apenas de celebrar o passado, mas também de olhar para o futuro com a determinação de continuar lutando por uma sociedade mais justa e igualitária.

O Grupo de Estudos e Pesquisas em Autobiografias, Racismos e Antirracismos na Educação (Gepar) é um grupo construído através da participação de docentes e estudantes da UFPE que tem como objetivo colaborar para disseminar as lições aprendidas no processo da observação da implementação da Lei Federal 10.639/03 nas escolas públicas e privadas de Pernambuco. 

Os objetivos são: acompanhar os estudantes de cotas étnico-raciais no sentido do acesso e permanência, com sucesso, no curso de Pedagogia; conduzir estudos, pesquisas e intervenções baseadas nos quatro princípios da Educação das relações étnico-raciais: Consciência Histórica e Política da Diversidade; realizar Ações Educativas de Combate ao racismo e às discriminações; promover o fortalecimento das Identidades e dos direitos; e atuar na formação dos estudantes nas abordagens metodológicas da Autobiografia e das Africanidades e Afrodescendências.