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Especialista do HC fala sobre o Dezembro Vermelho e a luta contra HIV, aids e outras ISTs

No HC, o tratamento é ambulatorial e multiprofissional

Dezembro é o mês que marca a luta contra o vírus HIV, a aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). É a campanha mundial Dezembro Vermelho que tem como objetivo chamar a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV, epidemia presente há mais de três décadas e meia no mundo. O Hospital das Clínicas da UFPE, unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), acompanha e trata essas pessoas, que são encaminhadas pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

Aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (da sigla em inglês HIV). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. Estima-se que 37 milhões de pessoas vivem com HIV no mundo, cerca de 900 mil delas no Brasil. “Com o uso de medicação antirretroviral (coquetel) e um modo de vida saudável a expectativa de vida das pessoas que vivem com o HIV/aids pode ser igual ao da população geral”, salienta o chefe do ambulatório de Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP), Paulo Sérgio Ramos.

No HC, o tratamento é ambulatorial e multiprofissional (com médicos, enfermeiros, psicólogos, farmacêuticos e assistentes sociais), além da distribuição da medicação para o controle da infecção. “Quando o paciente está com a infecção controlada (cumpre corretamente o tratamento e tem hábitos de vida saudáveis), ele só precisa comparecer duas vezes no ano ao ambulatório para realizar a avaliação clínica e laboratorial”, explica o infectologista.

Para os casos mais graves, marcados pelas infecções oportunistas – como tuberculose, toxoplasmose cerebral, candidíase, meningite, entre outras –, é necessário o internamento na Enfermaria para o controle e melhora do quadro.

TRANSMISSÃO – Os pacientes soropositivos, que têm ou não aids, podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas (cerca de 90% dos casos), pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não são tomadas as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.

“A Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde têm focado as campanhas de prevenção de aids na chamada estratégia de prevenção combinada, em que é importante o uso do preservativo, a profilaxia pré-exposição, a profilaxia pós-exposição, o uso de vacinas, como as da Hepatite B e de HPV, assim como o tratamento daquelas pessoas que apresentem as Infecções Sexualmente Transmissíveis, como sífilis e os corrimentos uretrais, por exemplo”, completa Paulo Sérgio.

Data da última modificação: 11/12/2020, 19:50