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Especialista do HC alerta sobre os sinais do Parkinson neste dia de conscientização da doença

Enfermidade neurodegenerativa ganha foco mundial no dia 11 de abril

Diminuição do olfato, constipação (intestino preso), um transtorno comportamental do sono (associado à agitação e até a quedas da cama) e depressão podem ser sinais de alerta que surgem anos antes daqueles sintomas motores característicos da Doença de Parkinson (lentidão nos movimentos, rigidez muscular e tremores de repouso), enfermidade neurodegenerativa, que tem o seu Dia Mundial de Conscientização celebrado neste 11 de abril. O Hospital das Clínicas da UFPE trata os pacientes que chegam encaminhados pela Secretaria Estadual de Saúde.

“A Doença de Parkinson não tem cura, mas o paciente bem tratado, bem acompanhado e diagnosticado precocemente tem uma boa qualidade de vida por muitos anos. O tratamento é baseado no tripé: medicações (que aumentam a dopamina), atividades físicas regulares aeróbicas e de resistência (como pilates e musculação) e sessões de reabilitação (com fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos) a depender de caso”, pontua o neurologista do HC e professor da UFPE, Eduardo Melo.

O especialista explica que, além desse tripé, em casos específicos e selecionados a cirurgia de Parkinson é indicada. “Essa cirurgia é o implante de um marcapasso cerebral para estimulação cerebral profunda (DBS, na sigla em inglês). Ela não é curativa, mas apresenta bons resultados para determinados pacientes”, afirma Eduardo Melo.

A Doença de Parkinson é causada por uma queda na produção de dopamina, um neurotransmissor que ajuda na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática (sem que a gente precise pensar em fazer o movimento). A doença é prevalente em homens e tem como fatores de risco o envelhecimento (causador da morte progressiva das células nervosas produtoras de dopamina) e fatores genéticos. “Estudos também apontam fatores ambientais, como o uso crônico de pesticidas e vermífugos na agricultura, como possíveis causadores”, pontua Eduardo Melo. 

Data da última modificação: 11/04/2023, 14:45