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Clima interfere na distribuição de dois fungos decompositores de madeira

Entre os autores estão doutorando do PPGBF e docente da UFPE

As mudanças climáticas podem impactar a distribuição potencial de dois fungos decompositores de madeira (Auricularia brasiliana e Megasporoporia neosetulosa) no neotrópico, região que abrange o sul dos Estados Unidos e México, a América Central, o Caribe e a América do Sul. É o que aponta artigo de pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), publicado, no dia 25 de setembro, na revista científica Acta Botanica Brasilica, v. 37 (Qualis A4 para Biodiversidade).

Intitulado “How climate change will change the potential distribution of two wood-decaying fungi?”, o artigo tem autoria de Danilo Chagas dos Santos, doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos (PPGBF) do Centro de Biociências (CB) da UFPE; Ailton Matheus Avelino de Oliveira, biólogo pela UFPE e bolsista de Fixação de Técnico pela Facepe; Renato Lúcio Mendes Alvarenga, professor visitante no Departamento de Micologia/CB/UFPE; e Tatiana Baptista Gibertoni, professora do Departamento de Micologia/CB/UFPE.

O estudo teve como principal objetivo verificar se, diante dos cenários de mudanças climáticas, a distribuição potencial das duas espécies irá diminuir, ficar estável ou aumentar. “Analisamos essa distribuição através da modelagem ecológica de nicho para compreender quais áreas vão permanecer adequadas e quais irão sofrer com os efeitos dos impactos climáticos”, explicou a professora Tatiana Gibertoni, que também é vice-coordenadora do PPGBF/UFPE e vice-curadora do Herbário URM/UFPE.

A pesquisa identificou que o clima é um fator importante na distribuição de Auricularia brasiliana e Megasporoporia neosetulosa. Isso porque a temperatura e a precipitação têm forte influência na permanência das espécies nos ambientes. “Foi observado que, mesmo para o cenário otimista, há uma redução de habitats climaticamente adequados para ocorrência de ambas espécies. Com isso, dialogamos com a necessidade de ações que priorizem a conservação destas áreas”, alertou Renato Alverenga. 

Mais informações
Professora Tatiana Baptista Gibertoni

tatiana.gibertoni@ufpe.br

Data da última modificação: 06/11/2023, 16:46