O primeiro ano do Centro de Pesquisa Clínica (CPC) Professor Salomão Kelner do Hospital das Clínicas da UFPE foi celebrado na manhã da última quarta-feira (13), com um evento comemorativo, que contou com uma palestra sobre boas práticas em comunicação científica, apresentação sobre a implantação e consolidação do CPC e homenagem. O HC-UFPE é uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

A mesa de abertura do evento foi composta pela gerente de Ensino e Pesquisa do HC, Claudia Marques, que representou o superintendente, Filipe Carrilho; a pró-reitora de Pós-Graduação da UFPE, Carol Leandro, que representou o reitor Alfredo Gomes; o diretor do Centro de Ciências Médicas (CCM) e ex-superintendente do HC, Luiz Alberto Mattos; o coordenador do CPC, Glauber Leitão; a chefe da Unidade de Gestão da Inovação Tecnológica em Saúde, Bárbara Brito, que representou a chefe do SGPITS, Raquel Kelner; a coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa, Ana Caetano; o diretor do Instituto Keizo Asami (iLika), José Luiz de Lima; e o coordenador de Gestão da Pesquisa e Inovação Tecnológica em Saúde da Ebserh, Felipe Roitberg, por meio de mensagem gravada.

“O primeiro ano é desafiador, mas também impulsionador de novas conquistas. A UFPE e o HC são referências no Estado em pesquisas em saúde, algo que nos inspira, nos motiva e gera sonhos. O CPC pulsa vida e inspira sonhos”, destacou a pró-reitora de Pós-Graduação da UFPE, Carol Leandro.

A gerente de Ensino e Pesquisa do HC, Claudia Marques, enalteceu esse período de consolidação do CPC. “Estamos muito felizes com o quanto a gente evoluiu. Evoluímos não só com o aumento da estrutura, mas em pessoas, em equipe. Pessoas que trazem a sua expertise e melhoram fluxos e processos proporcionando tantas conquistas em tão pouco tempo”, disse.

O diretor do CCM e ex-superintendente do HC, Luiz Alberto Mattos, lembrou que o CPC era um sonho gestado e maturado no HC havia, pelo menos, dez anos. “Há três anos (quando era superintendente), disse a Cláudia Marques para botar esse centro para funcionar, e ela conseguiu com a sua equipe. O CPC cria uma avenida de oportunidades para a pesquisa e para a inovação no HC em interface com o ensino”, afirmou.

O coordenador de Gestão da Pesquisa e Inovação Tecnológica em Saúde da Ebserh, Felipe Roitberg, ressaltou o apoio que a estatal dá aos HUs para a “profissionalização na captação de parcerias, que amplificam a pesquisa melhorando os processos e fluxos e geram resultados para a sociedade.”

Na prática, o CPC é o responsável por incentivar e gerenciar a pesquisa clínica no HC oferecendo a oportunidade de acesso a terapias, tratamentos e medicamentos inovadores aos pacientes participantes dos estudos.

“Esse primeiro ano já foi de muitos resultados alcançados desde a inauguração do CPC, com a composição da equipe, a centralização das pesquisas, a realização de estudos, aquisição de um sistema de gerenciamento de pesquisa, a divulgação interna do CPC para a comunidade, realização de visitas técnicas a CPCs da Rede Ebserh e o fluxo de contratualização com a Fade-UFPE”, elencou o coordenador do CPC, Glauber Leitão, em sua apresentação sobre o centro, que contou com a exibição de um vídeo institucional. 

HOMENAGEM - O evento homenageou a pesquisadora, professora e coordenadora da Área Assistencial de Nefrologia do HC, Lucila Valente. Ela recebeu uma placa, um buquê de flores e, como reza a tradição na Nefrologia do hospital, teve a sua trajetória contada num cordel, que foi elaborado pela chefe do Setor de Paciente Crítico e nefrologista, Gisele Vajgel.

“Palavras são poucas para exprimir tudo o que recebi do HC e da UFPE ao longo desse tempo. Tivemos um trabalho de ‘formiguinhas’ para organizar todos os processos e agora temos agora uma boa estrutura no HC. Aqui é o lugar da pesquisa”, disse Lucila Valente, emocionada com a homenagem.

PALESTRA - Logo na sequência, a pesquisadora Karen Santos-d'Amorim, e doutoranda em Ciência da Informação no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFPE, ministrou a palestra “Boas práticas em comunicação científica na pesquisa clínica”.

Na apresentação, a pesquisadora abordou a importância da junção da ética com a integridade em pesquisa e de como a comunicação científica má executada e falha representa sérias consequências. “Desvios antiéticos podem trazer prejuízos para quatro eixos centrais: o fluxo do avanço científico, a agenda de investimentos em Ciência e Tecnologia, as métricas de avaliação da ciência e de cientistas e a saúde pública”, explicou Karen Santos-d’Amorim.

A especialista também discorreu sobre os princípios da integridade em pesquisa expressos na Declaração de Singapura (Confiabilidade, Honestidade, Responsabilização pela investigação e Gestão dos dados de pesquisa) e apresentou uma série de indicadores de boas práticas, entre outras informações.

CPC - Localizado no 3° andar (na área do antigo Curso Médico), o CPC conta com estrutura física própria (com recepção e salas para atendimento, para coleta de exames e para reuniões e monitoria), equipamentos atualizados (como centrífuga, ultra freezer -20°C e -80°C, computadores, entre outros) e equipe dedicada, o que atende às exigências regulatórias nacionais e internacionais para a condução dos estudos. Também presta todo o suporte para garantir o seguimento dos rigorosos protocolos dos estudos clínicos e das boas práticas clínicas.