O encontro contou com 129 professores inscritos que tomaram posse entre 2023 e 2025.
A Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe) promoveu, nesta quarta (3) e quinta (4), a Jornada de Integração para Docentes 2025 (Jidoc). Realizado no Auditório João Alfredo, na Reitoria, o encontro contou com 129 professores inscritos que tomaram posse entre 2023 e 2025. A programação contou com palestras em que foram abordados desafios e perspectivas da experiência docente na instituição para os recém-ingressos. A jornada, que acontece anualmente, é organizada pela Escola de Formação dos Servidores da UFPE (Formare), ligada à Progepe.
A pró-reitora de Gestão de Pessoas, Brunna Carvalho, explica que, na carreira docente, existe a obrigatoriedade de realização de um curso com carga horária mínima para conclusão do estágio probatório. Com um total de 15 horas, a Jodic envolve as áreas fim da atividade docente, que é o ensino, a pesquisa e a extensão. “Esse ano a gente incluiu uma discussão sobre saúde mental, que quem vai fazer é o professor Darlindo Ferreira, que é coordenador do SPA [Serviço de Psicologia Aplicada da UFPE], e também a Diretoria de Ações Afirmativas. Porque a gente entende que, enquanto docente que está lá em sala de aula, a gente precisa compreender o nosso público. Então os três núcleos [da Diretoria de Ações Afirmativas] vão participar, que é o Núcleo Erer [Núcleo de Políticas de Educação das Relações Étnico-Raciais], o Núcleo de Políticas LGBT e o Nace [Núcleo de Acessibilidade], para que a gente possa fazer uma discussão também nesse sentido de entender qual o perfil dos nossos estudantes”, detalhou a professora.
O reitor Alfredo Gomes abriu o evento com a palestra “A universidade do futuro se constrói no presente: desafios orçamentários e caminhos para a sustentabilidade”. Na sua fala, Alfredo deu detalhes sobre o histórico de investimentos e cortes feitos nas universidades brasileiras nos últimos 30 anos e fez um resgate dos modelos de universidade como instituição tradicional de formação presente em todo o mundo. Ele defendeu que, por ter um papel central no desenvolvimento de um país, o modelo de financiamento das universidades públicas brasileiras precisaria ser repensado.
“Eu tenho insistido que é necessário rever o modelo de tomada de decisão lá em Brasília. É um modelo que tem uma alta dependência de decisões políticas. Está centralizado essencialmente em atores políticos. Nos dias de hoje, a peça orçamentária é essencialmente uma peça política, de negociação política”, explica. “O Brasil tem um potencial geopolítico e científico, mas ainda não é reconhecido como uma potência científico-tecnológica. Para alcançar esse status, precisa elevar investimento público e privado em pesquisa e desenvolvimento, fortalecer a articulação entre universidades e o mundo produtivo de maneira geral”, destacou o reitor.
O evento seguiu com as palestras “Cuidar de quem ensina: reflexões sobre a saúde mental docente”, “Ensino na educação superior: desafios, inovações e perspectivas” e “Docência no serviço público: desenvolvimento e vida funcional”. Nesta quinta, foi dada continuidade à programação com as palestras “Conhecendo o Manual do Servidor”, “Funpresp”, “Diretoria de Ações Afirmativas – Núcleos de Políticas de Educação das Relações Étnico-Raciais, de Acessibilidade e de Políticas LGBT”, “Pesquisa nas Ifes: entre o compromisso público e os desafios contemporâneos” e “Experiências da extensão: caminhos de formação e compromisso social”.
Acesse aqui fotos do evento Jidoc, de autoria de Widma Sandrelly, da Ascom-UFPE.
Mais informações
Escola de Formação dos Servidores da UFPE (Formare)
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