Neste cruzeiro científico, estão embarcados o vice-reitor Moacyr Araujo e o pesquisador Leonardo Bruto, do Ceerma/UFPE
 
 A segunda fase da Operação Antártica XLIV, do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), teve início neste sábado (1°). O navio polar Almirante Maximiano zarpou de Punta Arenas, no Chile, em direção ao continente gelado, levando a bordo pesquisadores do Projeto Mephysto-2, coordenado pela UFPE. O Projeto Mephysto-2 tem como objetivo principal analisar os impactos das mudanças climáticas na ocorrência de eventos extremos e na biocomplexidade e interações físico-químico-biológicas no Atlântico Sudoeste e Península Antártica. O projeto conta com parcerias de várias outras universidades e institutos, nacionais e internacionais. Neste cruzeiro científico, estão embarcados o vice-reitor da UFPE Moacyr Araujo e o pesquisador Leonardo Bruto, do Centro de Estudos e Ensaios em Risco e Modelagem Ambiental (Ceerma), vinculado ao Centro de Tecnologia e Geociências da UFPE.
 Para Moacyr Araujo, coordenador do projeto Mephysto-2, “ir à Antártica é sempre um grande desafio, tanto do ponto de vista logístico como pessoal, pois envolve um nível de preparação e dedicação diferenciado. Isso traduz a maturidade científica da UFPE, que mantém suas atividades de pesquisa num dos lugares mais longínquos e fascinantes da Terra. Mais do que outras regiões, na Antártica estamos totalmente à mercê das forças da natureza”. “Hoje (domingo, 2), por exemplo, ainda estamos aguardando uma situação de melhoria de ventos e ondas para podermos atravessar a Passagem de Drake, situada entre o extremo sul da América do Sul à Antártica; impossível atravessar o Drake com ventos de 50 nós e ondas de até 11m de altura”, destacou.
 Na expedição, serão coletados dados oceanográficos e atmosféricos que permitirão avaliar a evolução dos níveis de poluição por plástico na região e melhor compreender a contribuição da Antártica nas variações do clima e na ocorrência de eventos extremos no Brasil. Os dados e informações também servirão para ajustar os modelos matemáticos de previsão desses eventos, considerando os cenários atuais e futuros de mudança acelerada do clima. “É sempre motivo de muito orgulho levar a bandeira de nossa Universidade ao extremo sul do planeta”, finaliza o vice-reitor Moacyr, docente do Departamento de Oceanografia da Universidade.