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CEERMA recebe do PRH 38.1/ANP novo software para avaliação de riscos ecológicos

RAMAS® Ecosystem

O Centro de Estudos e Ensaios em Risco e Modelagem Ambiental (CEERMA) adquiriu recentemente a licença para utilização do software RAMAS Ecosystem, desenvolvido pela Applied Biomathematics. O software foi adquirido com recursos através da taxa de bancada dos bolsistas do Programa de Recursos Humanos da Agência Nacional de Petróleo (PRH 38.1/ANP). Essa é uma ferramenta computacional para auxiliar no desenvolvimento e simulação de modelos matemáticos capazes de representar um ecossistema (i.e., DEFINIÇÂO). Dentro das temáticas do PRH, isso é especialmente útil para avaliar riscos ecológicos, e a humanos, causados por potenciais vazamentos de petróleo que atinjam importantes ecossistemas na zona costeira.

O software permite criar modelos  que representam a cadeia alimentar das principais espécies de um ecossistema, bem como a trajetória de uma substância tóxica ao longo desta cadeia alimentar, os resultados de ensaios toxicológicos (experimentos para investigar os efeitos de substâncias tóxicas em organismos vivos) à dinâmica do ecossistema. Até então, modelos em nível populacional eram o estado da arte em pesquisas na área de avaliação de riscos ecológicos, onde se escolhia uma única espécie como representativa de todo o ecossistema. Agora, com este programa, o diferencial é a capacidade de desenvolver modelos que, embora sejam mais complexos, representam todo o ecossistema (diversas populações interagindo entre si), e não apenas uma população de uma determinada espécie. Além disso, é possível avaliar o risco a humanos devido à ingestão de animais (e.g., frutos do mar) contaminados.

            O RAMAS Ecosystem permite modelar uma cadeia ou teia alimentar, e também a cinética de um tóxico, definir fatores de bioacumulação, obter gráficos e tabelas dos dados/resultados, simular dinâmicas e estimar riscos devido à exposição a esses tóxicos.

            Esse software irá auxiliar nas pesquisas realizadas pelos bolsistas do PRH 38.1. Atualmente, está sendo desenvolvido um modelo para avaliar os riscos de vazamentos de petróleo ao ecossistema do Porto de Suape e também outro que investiga como esses riscos são propagados a humanos. É possível perceber como o impacto do óleo afeta cada espécie separadamente, além da propagação desses impactos por meio da cadeia alimentar, representado pelas setas que ligam cada espécie do ecossistema. Outras possibilidades de aplicação são quantificar os riscos de potenciais vazamentos de petróleo em outras localidades (como em Noronha), quantificar o impacto do vazamento de petróleo que atingiu o Nordeste brasileiro em 2019 no ecossistema litorâneo, e quantificar riscos de potenciais vazamentos de substâncias tóxicas de refinarias (como enxofre) no ecossistema próximo.

Data da última modificação: 13/02/2023, 14:08

Modelo ecossistêmico em desenvolvimento para avaliar riscos de vazamentos de petróleo ao ecossistema do Porto de Suape