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Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente promove defesa de dissertação, na sexta (29)

A mestranda Gabriela Barza Lira foi orientada pelas professoras Sophie Helena Eickamann e Marília de Carvalho Lima

O Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente da UFPE promoverá, na próxima sexta-feira (29), às 8h, a defesa da dissertação de mestrado da aluna Gabriela Barza Lira. A mestranda foi orientada pelas professoras Sophie Helena Eickamann e Marília de Carvalho Lima, do Centro de Ciências Médicas (CCM) da UFPE. A apresentação ocorrerá de forma on-line, através da plataforma do Google Meet

O trabalho tem o título “Estabilidade da avaliação dos marcos de desenvolvimento do survey of well-being of young children”. A defesa conta com a banca examinadora formada pelos docentes Paulo Savio Angeiras de Goes (CCS/UFPE), Sílvia Wanick Sarinho (CCM/UFPE), Demócrito de Barros Miranda-Filho (UPE), Margarida Maria de Castro Antunes (CCM/UFPE) e Paula Fabiana Sobral da Silva (UPE).

Resumo

É fundamental para o acompanhamento do desenvolvimento infantil a escolha de uma ferramenta válida e confiável. A confiabilidade de um teste é crucial para avaliações longitudinais, a fim de garantir que as diferenças encontradas nos resultados obtidos ao longo do tempo sejam pelas mudanças no desenvolvimento da criança e não da variabilidade na execução do teste. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a estabilidade em médio prazo dos marcos do desenvolvimento do Survey of Well-being of Young Children (SWYC) e verificar a associação das variáveis biológicas das crianças e socioeconômicas maternas com o desenvolvimento das crianças no momento da primeira e da segunda avaliação. Este estudo consiste na parte quantitativa de um estudo misto qualiquantitativo sequencial em que foi realizada a avaliação da estabilidade a médio prazo dos escores bruto e total do SWYC. A amostra constou de 240 crianças que foram avaliadas pelo SWYC em dois momentos distintos. Na primeira avaliação da triagem do desenvolvimento pelo SWYC, as crianças tinham de seis a 24 meses e 30 meses ou mais na segunda. Na primeira avaliação, 29,2% das crianças foram diagnosticadas com “necessidade de revisão” do desenvolvimento, já na segundo avaliação, houve redução para 13,8%. O coeficiente de correlação intraclasse (ICC) dos valores da pontuação total dos marcos do desenvolvimento da primeira com a segunda avaliação foi 0,69 (IC95% 0,60 a 0,76), p<0,001. O coeficiente de concordância Kappa de Cohen dos valores da classificação final do SWYC entre a primeira e a segunda avaliação foi 0,34 (IC95% 0,23 a 0,46), para o ponto de corte brasileiro. O coeficiente Kappa ajustado pela prevalência e pelo viés (PABAK) foi de 0,54. Já para o ponto de corte norte-americano, o Kappa de Cohen foi 0,41 (IC95% 0,28 a 0,53), com PABAK de 0,58. A copositividade da classificação final dos marcos do desenvolvimento, entre a primeira e a segunda avaliação, foi 72,73%, a co-negatividade 77,78%, valor preditivo positivo 34,29% e valor preditivo negativo 94,71%. Observamos maior percentual de crianças com “necessidade de revisão” do desenvolvimento entre os filhos de mães com menor escolaridade, pertencentes a famílias de nível socioeconômico mais baixo e do sexo masculino. Houve concordância moderada dos resultados do teste quando avaliados em dois momentos distintos. A utilização deste instrumento de triagem é recomendada devido à capacidade do teste em demonstrar estabilidade em médio prazo.

Data da última modificação: 22/07/2022, 15:43