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HC realiza simpósio para debater o câncer de próstata

Evento faz parte de uma série de atividades educativas em celebração ao Novembro Azul, que aconteceu ao longo deste mês

O Simpósio Multidisciplinar em Câncer de Próstata foi realizado na manhã de hoje (29), no Anfiteatro 1 do Hospital das Clínicas da UFPE, que é uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A ação educacional contou com a presença de profissionais, residentes e estudantes, que foram contemplados com palestras, dinâmicas, brindes e panfletos informativos sobre o tema.

A abertura do evento foi realizada pelo oncologista e chefe da Divisão de Gestão do Cuidado do HC, Glauber Leitão, que destacou a importância de ações como essa na difusão do conhecimento. O simpósio foi promovido pelo recém-criado Centro da Próstata, estrutura multiprofissional do HC voltada à melhoria da assistência aos pacientes. “Temos reuniões mensais sobre estudos de casos que nos auxiliam na ampliação e melhoria dos nossos protocolos”, explicou ele.

A primeira palestra foi ministrada pelo urologista Luiz Henrique Araújo, que falou sobre o “Papel do Urologista na prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata”. O professor da UFPE explanou sobre fatores de risco (como idade avançada, origem étnica, hereditariedade e síndrome metabólica); rastreamento para a detecção precoce (como o exame PSA e o toque retal), já que não há uma prevenção efetiva; a importância do refinamento do rastreio para evitar biópsias desnecessárias; e estadiamento (avaliação do grau de disseminação), entre outras informações. “Há meios de refinar o rastreamento com a análise derivados do PSA, de biomarcadores, o exame de ressonância magnética e novas modalidades de biópsia, como a realizada por perineal”, destacou Luiz Henrique.

Na sequência, o evento prosseguiu com a palestra do oncologista clínico Rafael Caires, que atua no HC, sobre o “Papel do oncologista clínico: intervenção precoce ou tardia?”. O profissional informou que a doença é o tipo de câncer mais incidente na população masculina (excluindo o câncer de pele não melanoma) e o segundo mais letal. Além disso, elucidou sobre fatores de risco, os sintomas e a importância da vigilância ativa, que consiste no acompanhamento periódico do tumor de baixo risco de pacientes acometidos pelo câncer de próstata. “Na maioria das vezes, os tumores são assintomáticos - a doença inicial não causa sintomas. Por isso, a importância de discutir as indicações do rastreio e da prevenção. Se esperar para ter um sintoma, muita gente vai diagnosticar a doença de forma mais tardia, com a chance de cura e controle menor”, explicou.

O simpósio ainda contou com a presença de outros especialistas, que abordaram temas como “O enfermeiro oncológico: intervenções e orientações para os efeitos colaterais provocados pela quimioterapia no câncer de próstata”; “Aspectos nutricionais no câncer de próstata”; “Aspectos psicológicos do diagnóstico e tratamento do câncer de próstata”; e “Atividade física na prevenção do câncer de próstata”.

O evento fez parte de uma série de atividades educativas em celebração ao Novembro Azul, campanha de conscientização sobre a saúde do homem, que aconteceu ao longo deste mês. O intuito foi conscientizar e promover a prevenção em saúde para a sociedade e profissionais de saúde sobre o câncer de próstata, doença que afeta mais de 65 mil homens por ano.

Data da última modificação: 29/11/2022, 13:49