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Tese desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas será defendida no dia 15 de março

A defesa começará a partir das 14h, na Sala da Congregação do DCF

A tese de doutorado “Otimização do método extrativo e desenvolvimento de nova formulação fotoprotetora a base de Erythrina velutina Wild”, elaborada no Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, será defendida no dia 15 de março, a partir das 14h, na Sala da Congregação do Departamento de Ciências Farmacêuticas da UFPE. A tese é fruto do trabalho de pesquisa desenvolvido pelo aluno Bruno de Almeida Andrade, que conta com a orientação da professora Elba Lúcia Cavalcanti de Amorim. 

A banca examinadora será formada pelos professores Antônio Fernando Morais de Oliveira (UFPE), Cláudia Sampaio de Andrade Lima (UFPE), Pedro José Rolim Neto (UFPE) e Thiago Antônio de Sousa Araújo (Uninassau). Além destes, a professora orientadora também irá compor a banca.

Resumo

A utilização de plantas medicinais vem apresentando um aumento gradual como recurso terapêutico e econômico. No Brasil, a qualidade destes produtos é cada vez mais questionada devido a fraudes e adulterações. As radiações solares podem causar sérios danos à pele humana causados, na sua maioria, pelo ultravioleta, sendo um fator causador de câncer de pele. Os fotoprotetores são substâncias capazes de absorver, refletir ou refratar a radiação ultravioleta e assim proteger a pele da exposição à luz solar. Erythrina velutina Willd. (Fabaceae), popularmente conhecida como mulungu, canivete, sanaduí, mulungu-da-catinga, pau-de-coral, sananduva, é uma espécie encontrada no Brasil e tem seu uso popular, principalmente na Região Nordeste. O presente estudo tem como objetivo otimizar o método de extração de Eythrina velutina Willd. e desenvolver uma formulação fotoprotetora a base do extrato dessa espécie. A coleta, de cascas e folhas, foi realizada em uma área de caatinga do Estado de Pernambuco, localizada na zona rural de Altinho. As amostras foram submetidas a cinco métodos extrativos com etanol 80%, sendo o melhor resultado submetido a um planejamento fatorial. O conteúdo fenólico, a atividade antioxidante e a atividade fotoprotetora dos extratos vegetais foram avaliados por métodos espectrofotométricos. Foi realizado um planejamento fatorial 32 do extrato das cascas e folhas pelo método de maceração para obtenção de níveis ótimos de flavonoides. Os extratos otimizados foram fracionados por polaridade e avaliados quanto à composição química por CG-MS e CLAE. Foram realizadas quatro etapas no desenvolvimento farmacotécnico do fotoquimioprotetor a base do extrato das cascas de E. velutina, sendo avaliadas as propriedades físico-químicas e organolépticas, além da estabilidade das formulações. Os resultados mostraram parâmetros de controle de qualidade adequados. Houve diferença no perfil cromatográfico das cascas e folhas, porém, não houve influência do método neste perfil. Quanto ao conteúdo fenólico, houve diferença quantitativa em alguns grupos de metabólitos com maiores teores de taninos nas cascas e flavonoides nas folhas. Estas últimas apresentaram melhor capacidade antioxidante, porém, quanto ao FPS, as cascas obtiveram melhores valores. A escolha do método para otimização da extração foi baseada na simplicidade e na viabilidade econômica, sendo escolhido o extratos das cascas e folhas obtido por maceração com um FPS de 9,57 ± 0,67 e 6,10 ± 0,23; respectivamente, na concentração de 0,100 mg/mL. No processo de otimização, as variáveis que apresentaram influência na extração dos flavonoides foram o teor alcoólico e tempo, não sendo observada influência do fator proporção droga-solvente. A condição ótima de extração dos flavonoides foi com um teor de 99,5% de etanol, um tempo de extração de sete dias, para as cascas, e seis dias, para as folhas, e uma proporção droga-solvente de 1:20 (g/mL). Desta maneira, o extrato das cascas na condição otimizada apresentou um melhor FPS de 17,85 ± 0,05. Foram encontrados metabólitos com atividades fotoprotetora, antioxidante, anti-inflamatórias, porém, o fracionamento não apresentou uma melhora nos valores de FPS. No desenvolvimento, as formulações contendo o filtro e o extrato das cascas, na proporção 7:3, apresentaram valores iguais aos encontrados nas contendo apenas o filtro químico. As formulações apresentaram um comportamento reológico do tipo pseudoplástico e, em sua maioria, estabilidade mesmo quando submetidas a condições extremas.

Mais informações
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas
(81) 2126.7515

ppgcf@ufpe.br

Data da última modificação: 26/02/2019, 11:34