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HC realiza Simpósio Interprofissional de Atualização em Hepatites Virais nesta sexta-feira (22)

Evento é destinado a profissionais e residentes do hospital

A Área Assistencial de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da UFPE promove o Simpósio Interprofissional de Atualização em Hepatites Virais, nesta sexta-feira (22), das 9h às 11h, no Anfiteatro 1 do HC. As inscrições devem ser feitas no site even3.com.br/julhoamarelo_hcufpe e são direcionadas a profissionais e residentes do hospital, que é uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

O evento celebra o Julho Amarelo, o mês de luta contra as hepatites virais. “Temos praticamente cinco tipos de vírus que provocam hepatites, de A a E. O tipo D (ou Delta) só ocorre no Norte do Brasil, na região amazônica, mas todos os tipos podem provocar hepatite aguda, como se fosse uma virose qualquer, com moleza no corpo, falta de apetite, febre, além de icterícia, que provoca olhos amarelados e urina alaranjada. Na grande maioria das vezes, curam após uns 30 dias”, explica Edmundo Lopes, gastroenterologista do HC e professor do Centro de Ciências Médicas (CCM) da UFPE.

O especialista, no entanto, salienta que os vírus das hepatites B e C podem evoluir para a forma crônica ao longo dos anos. “O paciente pode ficar assintomático e só descobrir a doença durante uma doação de sangue ou num exame de check-up. Caso a infecção não seja detectada e tratada nesta fase crônica, pode evoluir para cirrose e até câncer de fígado”, afirma Edmundo Lopes.

A boa notícia é que há tratamento para as hepatites B e C com antivirais, distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS); por isso, é tão importante o diagnóstico o mais rápido possível, por meio de exames de sangue e exames que avaliam o funcionamento do fígado, como as transaminases AST e ALT. O especialista alerta que pessoas expostas a comportamento de risco, como sexo sem preservativo, uso de drogas injetáveis, com tatuagens e colocação de piercing feitos com material inadequado, além das que tomaram transfusão de sangue antes e 1992 devem realizar esses exames.

No SUS, os pacientes são encaminhados da Atenção Básica para hospitais de referência da rede pública, como o HC, para serem acompanhados e tratados. “O tratamento da hepatite B é feito durante alguns anos e controla a doença, reduzindo o risco de evolução para cirrose e câncer do fígado. Já o tratamento da hepatite C é feito de três a seis meses e promove a cura em quase 100% dos casos. Os tratamentos quase não provocam efeitos colaterais e são feitos com comprimidos uma vez ao dia”, ressalta Edmundo Lopes.

Data da última modificação: 20/07/2022, 15:22