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Trabalho escravo contemporâneo, plataformas digitais e eleições no Brasil no Giro Nordeste de hoje (22), na TVU

Entrevista é com Leonardo Sakamoto, jornalista e presidente da ONG Repórter Brasil

O Giro Nordeste traz um dos profissionais de imprensa mais atuantes no tocante à escravidão moderna e aos direitos humanos. O cientista político, jornalista e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Leonardo Sakamoto fez parte da cobertura de conflitos armados no Timor Leste, Angola e Paquistão. Na roda de conversa virtual com comunicadores de emissoras públicas de rádio e televisão do Nordeste, serão debatidos o trabalho escravo no país, a importância do trabalho doméstico, a democracia brasileira e as eleições deste ano, entre outros tópicos. Produzido pela TVE Bahia, o programa é exibido pela TVU (canal 11.1) sempre às sextas-feiras às 20h30. Esta edição conta com a colaboração da jornalista da UFPE Stella Maris Saldanha.

Autor do livro “O que Aprendi Sendo Xingado na Internet”, Sakamoto faz um alerta para as informações falsas que circulam na internet. “Primeiramente desconfiem de tudo, não confie naquilo que você tá consumindo de antemão. Cheque a origem, cheque a informação”, fala ele. O jornalista também frisa a importância de comparar em três fontes diferentes. “Cheque em sites, você pode não concordar com sites de veículos tradicionais, mas os veículos tradicionais têm um ponto que quando eles erram e publicam informação equivocada, eles podem ser processados e eles são processados legalmente. Agora, aqueles sites sem nome, sem eira nem beira, que você não sabe de onde saiu, eles não são processados porque eles não têm nenhuma responsabilidade com aquilo que eles estão publicando”, afirma.

Já quando questionado sobre a possível relação entre a diminuição dos direitos trabalhistas no país e o crescimento de casos de trabalho escravo, o presidente da ONG Repórter Brasil é incisivo: “Quando as leis trabalhistas são mudadas e são enfraquecidas, você também tem uma facilidade no surgimento de formas contemporâneas de escravidão. É por isso que quando houve a reforma trabalhista, em 2017, o sistema de combate ao trabalho escravo ficou muito preocupado, e com o resultado, mais preocupado ainda, porque apesar de não mexer diretamente com as leis de combate ao trabalho escravo, eles mexeram com as proteções à saúde e segurança do trabalhador.”

Data da última modificação: 22/07/2022, 15:32