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Portal do Bicentenário reúne conteúdos para debater os 200 anos da Independência do Brasil

A UFPE integra a iniciativa que reúne 61 entidades e grupos de pesquisa

Para marcar os 200 anos da Independência do Brasil, cujas comemorações começaram no dia 7 deste mês e prosseguem até 7 de setembro de 2022, professores, pesquisadores e integrantes de movimentos sociais e de entidades lançaram o “Portal do Bicentenário”, onde é possível acessar, de forma gratuita, conteúdos voltados à educação básica a fim de discutir a independência do país para além dos livros escolares. O site foi lançado durante uma live que durou 26 horas, no último feriado, quando foram apresentadas mesas de debates sobre história, cultura e sociedade, além de atividades culturais e debate literário.

A proposta do “Portal do Bicentenário”, é ser um “hub” onde possam ser encontrados temas e abordagens que, antes, não estavam sendo pensados, com o objetivo de propor um pensamento crítico sobre o período em que o país deixou de ser colônia portuguesa, incluindo os diversos movimentos locais que levaram à construção da nação ao longo de 200 anos. E, para além disso, instigar o debate sobre o país que vamos construir para o futuro.

A iniciativa é uma parceria com 61 entidades e grupos de pesquisa, entre eles a Associação Nacional dos Professores Universitários de História (Anpuh), Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (Anped), Associação Brasileira de Pesquisa em Ensino de História (Abeh), departamentos e grupos de pesquisas ligados à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade de Pernambuco (UPE), Sociedade Brasileira de História da Educação (SBHE) e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), entre outros.

Segundo os pesquisadores que integram a rede, o debate já se faz necessário porque vivemos uma época de retrocesso de direitos adquiridos e pouco se fala sobre o que queremos preservar, e qual nação pretendemos ser.“A gente está vivendo um forte retrocesso de direitos. Isso nos remete à responsabilidade de iniciar já um debate que possa ocorrer de forma aprofundada, e não só 2022, em meio aos debates eleitorais, quando haverá um caldo tenso e intenso em meio à possibilidade de parir outro país ou, minimamente recuperar parte do que perdemos”, afirma Luciano Mendes, coordenador do projeto Pensar a Educação, Pensar o Brasil, e um dos integrantes da equipe do Portal do Bicentenário.

No YouTube, as lives com pesquisadores já abordaram temas como “A Independência do Brasil nos livros didáticos”, “A história das mulheres nos 200 anos de independência”, “A revolução no Haiti e as repercussões no Brasil”, “Branquitude e educação para as relações étnico-raciais”, “Ensino de história indígena”, “A importância da história local nas narrativas das independências”, “A Independência do Brasil e as Revoluções Atlânticas”, e “Ensinar história: diálogos com a literatura, os livros didáticos e o mundo digital”, entre outros.

Também no YouTube é possível assistir à série “Educação e Nação no Bicentenário da Independência”, uma formação voltada a professores que já conta com 14 aulas. Entre elas, surgiram temas como as heranças coloniais, a educação de jovens e adultos nestes 200 anos, a relação da educação e a imprensa, formação de professores, movimentos sociais e educação no campo, entre outros. “Com os conteúdos disponibilizados já é possível que professores proponham reflexões nas aulas para aprofundar o conteúdo sobre a Independência, presente nos vestibulares e no Enem”, afirmam os colaboradores.

CONTEÚDOS JÁ DISPONÍVEIS – Enquanto a data do lançamento não chega, já é possível acompanhar os conteúdos publicados nos canais e redes sociais do projeto, como no YouTube, Instagram, Facebook e Twitter.

Data da última modificação: 09/09/2021, 14:31