Todas as Notícias
- UFPE/
- Institucional/
- Superintendências/
- Superintendência de Comunicação (Supercom)/
- Agência de Notícias (Ascom)/
- Notícias/
- Livro de professor de Filosofia da UFPE leva temas raciais ao público infantil de forma lúdica
Notícias Notícias
Livro de professor de Filosofia da UFPE leva temas raciais ao público infantil de forma lúdica
Obra é fruto de um acordo entre os governos do Brasil e de Cabo Verde, por meio da Fundaj e da Biblioteca Nacional de Cabo Verde (BNCV)
Usar a metáfora das cores da natureza para falar sobre a pluralidade e o combate ao preconceito para crianças pequenas foi o caminho encontrado pelo professor Sandro Sayão em seu livro infantil “Tudo tem cor”, lançado este mês pela Editora Massangana, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). A primeira edição da obra do docente do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) será distribuída em Cabo Verde, mas já há previsão de uma segunda edição para o público brasileiro.
Com ilustrações de Maurizio Manzo, o livro é fruto de um acordo entre os governos dos dois países, por meio da Fundaj e da Biblioteca Nacional de Cabo Verde (BNCV), por intermédio do Itamaraty. O debate de lançamento está disponível on-line. “Tudo tem cor” já ganhou um prêmio internacional na Bienal de Ilustração de Bratislava, na Sérvia, concorrendo com outras 1.700 obras de 27 países. Foi a primeira vez que um livro do Nordeste recebeu o prêmio e a terceira vez para um livro brasileiro.
A história busca exaltar a multiplicidade de cores no mundo, começando por um passeio pela própria natureza até chegar às pessoas e seus diferentes tons de cabelos, olhos e pele. “A ideia é mostrar como seria uma chatice se tudo fosse da mesma cor ou de cor nenhuma”, explica Sayão. “A intenção foi trabalhar de uma forma muito sutil e delicada um tema muito importante, que é a questão racial”, complementa, destacando que houve cuidado de respeitar a imaginação, trabalhando por meio de um viés positivo.
O livro faz parte da Coleção Travessias, que tem como proposta ensinar a ler o mundo em prol de uma cultura de paz e traz outros dois infantis e um voltado para professores, com sugestões de atividades. Eles foram selecionados pelas próprias crianças leitoras de Cabo Verde. Sayão trabalha com a questão da alteridade e da crítica ao pensamento totalitário nas pós-graduações em Filosofia e em Direitos Humanos da UFPE. “O mundo é pura diversidade. O problema não são as diferenças, mas a indiferença”, afirma.