O Hospital das Clínicas da UFPE realizou Mutirão de Mastectomia em homens trans, que são acompanhados pelo Espaço de Acolhimento e Cuidado Trans do hospital universitário. A ação operou seis pessoas, no último sábado (9), numa parceria entre o Espaço Trans e as áreas assistenciais de Cirurgia Plástica e Mastologia, com participação de profissionais, acadêmicos e residentes dessas áreas, além dos profissionais que atuam no Bloco Cirúrgico e Enfermarias. O HC é uma unidade vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

“O mutirão nos permitiu abreviar o tempo de espera pelo procedimento, que ficou represado em virtude das medidas restritivas impostas pelos cuidados com a pandemia de covid-19. A cirurgia traz mais qualidade de vida a essas pessoas que ganham benefícios físicos e psíquicos com a adequação do corpo à forma como elas se reconhecem”, explica a coordenadora do Espaço Trans e chefe da Unidade de Atenção Psicossocial do HC, Suzana Livadias.

A mastectomia em homens trans ou Mamoplastia Masculinizadora consiste na retirada da glândula mamária feminina com o objetivo de transformação em um tórax anatomicamente masculino. Para muitos homens trans, a presença dos seios é o principal vínculo com a feminilidade, por isso, em alguns casos, até a realização da cirurgia, eles fazem uso de faixas e roupas apertadas (binder) que comprimem as mamas. Estudo recente publicado por profissionais do HC-UFPE, mostra que o uso inadequado do binder pode provocar danos à saúde. O estudo “Chest binding and respiratory complaints in transgender men (Uso de binder e queixas respiratórias em homens transexuais)” pode ser acessado aqui.