Os membros do Conselho Social (Consol) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), empossados em sessão de instalação realizada na última sexta (11), presencialmente, no Auditório João Alfredo da Reitoria, definiram as pautas das próximas reuniões referentes ao exercício 2022. O Consol, instância representativa da sociedade que contribui para definição das políticas institucionais da UFPE, deve se reunir em duas sessões ordinárias ao ano e em encontros extraordinários. As pautas dos próximos encontros, definidas conjuntamente entre os membros presentes à sessão, vão seguir quatro eixos temáticos: políticas de cotas; extensão; inclusão digital e eixos econômico e ambiental. Elas expressam temas de interesse e preocupação das diversas representações da comunidade externa e interna, que reconhecem o protagonismo da UFPE e alcance de suas ações.

A próxima reunião do conselho, que será realizada daqui a dois meses, tem como tema, definido por voto pelos membros, as políticas de cotas, diversidade e inclusão. A sessão vai contar com a presença de representantes das Pró-Reitorias de Assistência Estudantil (Proaes), de Pós-Graduação (Propg), de Graduação (Prograd), de Extensão e Cultura (Proexc) de Gestão de Pessoas e Qualidade de Vida (Progepe). O reitor Alfredo Gomes destacou a necessidade de se fazer um debate sobre essa política em específico. “Os sistemas de cotas e a diversidade são temas cujo debate eu, particularmente, considero muito urgentes, pois, este ano, a lei de cotas completa 10 anos e, segundo ela própria, é necessário que seja reavaliada”. Para o reitor, o Conselho Social precisa discutir a pauta a fim de entendê-la mais profundamente e dar sua contribuição, inclusive no sentido de seu fortalecimento, defesa e implementação.

Alfredo Gomes lembrou que a política de cotas na universidade e institutos federais foi pensada, inicialmente, para a graduação e que, com contribuições posteriores, foi estendida para a pós-graduação na UFPE. Também frisou a questão da garantia de permanência dos alunos e alunas oriundos dessas políticas. O reitor observou que grande parte dos alunos que estudam na UFPE e em muitas universidades públicas precisam de apoio para se manter no espaço acadêmico. “A ideia de uma universidade de elite vem sendo vencida na prática a partir de políticas como essas, com processos de interiorização, de implantação das cotas, que representam a sua democratização e que precisam ser aprofundadas”, defendeu. A extensão universitária foi bastante ressaltada na ocasião como caminho para intervenção em problemas sociais e para melhoria da realidade em diversas comunidades. A sustentabilidade e a preservação do meio ambiente também estiveram presentes nas reflexões dos conselheiros, além do combate às diversas formas de opressão e preconceito.

O Conselho Social, que tem caráter consultivo, segundo seu regimento, deve participar da elaboração das normas institucionais referentes às relações entre a universidade e a sociedade de modo a garantir e incentivar políticas de inclusão, interação e o diálogo permanente. O Consol foi ampliado em sua composição e está iniciando seu trabalho agora, através de chamamento público e processo de eleição. “Precisamos aprender conjuntamente e construí-lo da melhor forma para que seja um conselho exemplar e possa se tornar uma referência para outras universidades. A ideia é criar um debate mais amplo sobre a relação entre a universidade e a sociedade junto às prefeituras e órgãos sociais. Nesse sentido, o conselho terá um papel muito importante”, afirmou o reitor.

Conheça os membros representantes da comunidade externa e interna que compõem o Conselho Social

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