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Faculdade de Direito do Recife realiza Semana LGBT

O Diretório Acadêmico Demócrito de Souza Filho (DADSF) em parceria com Grupo Robeyoncé de Pesquisa-Ação promovem a Semana LGBT da Faculdade de Direito do Recife, que acontece entre os dias 23 a 27 de Outubro. Em tempos onde os discursos e violências LGBTfóbicas, infelizmente, ganham mais força que nunca, o evento visa discutir a resistência LGBT, entender a necessidade da quebra da estrutura de poder cisheteronormativa e traz diversos nomes de peso como Linn da Quebrada e Jardel Araújo. 

O evento conta com rodas de diálogos e minicurso que discutem saúde, mercado de trabalho e vivência LGBT. Encerrando a semana haverá uma cultural na praça da FDR (Praça Adolfo Cirne), contando com performances de artistas locais, microfone aberto para recitais de poesia LGBT e música.

Confira a programação completa:

 

23/10 - ESPORTE LGBT: Um grito de impedimento à segregação (09h - 12h) – Espaço Memória (FDR)

Pensar sobre a relação entre LGBTs e esportes é pensar numa história de segregação e violência. Desde a infância, qualquer pessoa que fuja à cisheteronormativa é excluída de qualquer espaço esportivo, um campo que glorifica a força do macho, marginalizando quaisquer corpos que ousem divergir. Nesse sentido, através de uma dinâmica de roda de diálogo, buscaremos debater a resistência LGBT dentro desses locais e pensar a origem dessa violência, bem como a perpetuação dessas práticas dentro das Universidades - inclusive dentro da FDR, pensando e problematizando o formato atual das Atléticas.

Convidadas/os: Thallyta, integrante do Grupo GAYMADO; Júlia Rodrigues, do Movimento CORALINAS; Mylena Cristina, militante do coletivo LGBT Comunista e estudante de História.

23/10 - PERIFERIA TRANSVIADA: Vida, para além da mera existência (19h-22h) - Escadarias da FDR
Expulsas de casa e segregadas em espaços comunitários, as pessoas LGBTs são excluídas da vida familiar e pública de forma sistêmica. Seus direitos constitucionais a moradia digna, lazer e segurança são lesados todos os dias, relegando-as à margem, junto às sobras da construção de cidades neoliberais, higienizadas para a elite cisheteronormativa, e as sujeitando à exploração pelo pink money, face da apropriação capitalista. Longe do contentamento pelo precário suporte dado à população LGBT, é necessário pensar numa cidade segura e democrática onde a voz das/os periféricas/os ecoa para além dos seus guetos, o mercado de trabalho é, de fato, amplo, e a expressão das diversas afetividades e identidades não é uma propriedade privada.

Convidadas/os: Linn da Quebrada, bailarinx, performer e terrorista de gênero; Jardel Araújo, youtuber e graduando em Serviço Social na UFPE; Gi Carvalho, ativista do Mães pela Diversidade.

25/10 - CORPO-SAÚDE E DISSIDÊNCIA: para além da camisinha! (09h-12h) - Espaço Memória
Com o intuito de refletir e desenvolver estratégias de promoção de saúde e estrategias de prevenção para a comunidade LGBT, debateremos as epidemias de DST/IST que nos atingem, analisando práticas sexuais e questionando as consequências do atual modelo hegemônico de prevenção. Compartilharemos ainda de reflexões e vivências no que diz respeito a saúde, para além de sua natureza física, incluindo pautas como a saúde mental de pessoas LGBTs, discutindo o sofrimento e suicídio decorrentes de violências e opressões físicas e/ou psicológicas.

Convidadas/os: Ana Camila, militante do coletivo VIRAMUNDO e integrante da Liga de Medicina da Família e Comunidade; Emerson de Paula, coordenador de Cultura da DENEM (Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina); Társio Benício, universitário e pesquisador na AHTM (Associação de Homens Trans & Transmasculinidades); Fernanda Ximenes, pesquisadora do GEMA (Núcleo de Estudos em Gênero e Masculinidades) e psicóloga da Entrelaços.

25/10 - A QUEM SERVE O MERCADO: vivências e reflexões sobre o lugar ocupado pelas/os trabalhadoras/es LGBTs na sociedade capitalista (19h-22h) – Embaixo das escadarias internas da FDR
Em uma sociedade marcada pela opressão classista, são diversas as formas que a exploração da força de trabalho pode se refletir na vida das/os trabalhadoras/es. Por isso, é importante entender de que maneira as opressões sofridas pela população LGBT se reflete no mundo do trabalho. Nesse sentido, procura-se compreender nesse painel, principalmente, vivências de trabalhadoras transexuais, explorando as barreiras que lhes são impostas pela forma como os padrões cisnormativos são reproduzidos no mercado de trabalho.

Convidadas/os: nomes a confirmar.

26/10 - MINICURSO sobre Retificação de Nome e Gênero de pessoas Trans em Pernambuco (18h30-21h30) - Auditório Tobias Barreto
Por meio da luta diária, a população transgênera brasileira vem conquistando maior respeito e espaço em diversos âmbitos sociais, mas ainda é latente a negligência que o "Estado Democrático de Direito" conctetiza ao não nacionalizar a identidade de gênero como uma construção social, devendo ser respeitada como forma de garantir a dignidade humana a todes que se entendem como pessoas trangênero e travestis. Nesse sentido, o direito ao nome adequado ao gênero é uma das pautas de maior relevância no contexto atual dos movimentos T, haja vista que não há um procedimento em nível nacional que garanta o usufruto do Direito ao nome alinhado ao gênero autodeterminado. Diante disso, iremos discutir a atuação da Defensoria Pública do Estado no atendimento à população LGBTI, como vem se dando o processo de retificação de nome e gênero em Pernambuco pela DPPE e as possibilidades de desburocratização deste processo e do procedimento.

Contará com a entrega de certificado de participação!

Ministrado por: Henrique da Fonte - Defensor Público Estadual responsável pela atendimento especializado à população LGBTI na DPPE; Anny Lay Rodrigues - Pesquisadora sobre Cis-transgeneridade, ação de Retificação de nome e gênero de pessoas Trans, extensionista do Grupo Robeyonce de Pesquisa-ação em relações de gênero e sexualidade

27/10 – CULTURAL LGBT – Ocupar a praça com nossas cores! (a partir das 20h)
Para finalizar a semana LGBT, realizaremos um cultural na praça da FDR (Praça Adolfo Cirne), contando com performances de artistas locais, microfone aberto para recitais de poesia LGBT e música! De graça!

Performance de abertura: LIBRA
DJ: NAOSOUVINI 

Contaremos ainda, durante toda a semana, com exposição das obras do artista The Furmiga pelo pátio da Faculdade!

Data da última modificação: 23/10/2017, 17:06