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Setembro Amarelo: Uma pausa que não é um final

(foto: Nara Cavalcanti)

Maria S. Lima (Psicóloga) ministrando a palestra "Discussões sobre o Sentido da Vida e do Trabalho", 26 de setembro 

 

Neste mês de setembro comemorou-se o Setembro Amarelo, uma campanha de conscientização sobre a prevenção ao suicídio. Ações em diversas esferas sociais buscam promover a saúde mental e dar visibilidade a centros e iniciativas que oferecem apoio para quem precisa. O mês foi escolhido em decorrência do dia 10 de setembro, Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, data organizada pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio, apoiada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, o Setembro Amarelo foi criado pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), desde 2015. Segundo dados do Ministério da Saúde, 32 brasileiros se suicidam diariamente, enquanto que, mundialmente, a cada 40 segundos ocorre uma morte por suicídio. Segundo a OMS, nove em cada 10 mortes por suicídio poderiam ser evitadas, através de iniciativas de prevenção e atenção adequadas.

Uma iniciativa com esse intuito é o Programa de Resiliência e Prevenção ao Suicídio (PRPS), programa de extensão, coordenado pela professora Rosinha Barbosa,  que objetiva sensibilizar a comunidade acadêmica da UFPE, equipes de saúde e organizações públicas e não governamentais situadas nos arredores da universidade, através de atividades voltadas à estudo e prevenção do suicídio e promoção da resiliência. Essas atividades envolvem a identificação de fatores e comportamentos de risco da conduta suicida objetivando a prevenção, orientação para que indivíduos e/ou grupos que se encontram em situação de vulnerabilidade psicossocial aprendam a desenvolver comportamentos resilientes, procurando alternativas de enfrentamento às situações adversas.

O programa está vinculado a uma proposta de pesquisa maior intitulada “Investigando o desenvolvimento de estratégias que promovam comportamentos resilientes em comunidades”, da área da Psicologia Comunitária, com abordagem psicopedagógica, visando o desenvolvimento da resiliência individual e comunitária dos sujeitos e grupos, a atenção primária e a promoção da saúde mental nas comunidades.

Pensando na importância de ações que promovam a saúde mental na universidade e da abordagem no meio acadêmico sobre o assunto, a Proexc, neste mês de setembro, promoveu a campanha “Uma pausa que não é um final”, no intuito de dar visibilidade à causa, compartilhando pequenas ações de autocuidado, cuidado ao próximo e divulgação de eventos. A programação contou com sessões de cinema, debates, rodas de conversas e outras atividades promovidas pelo Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) e do Programa de Resiliência e Prevenção ao Suicídio (PRPS) da UFPE. 

 

(foto: Natália Tavares)

Palestra "Experiências de Prevenção ao suicídio e Promoção da Saúde Mental Cvv, Probem, PRPS", 10 de setembro

 

A professora Rosinha destaca a importânda da assistência à comunidade acadêmica durante todos os meses do ano, não apenas em setembro. Por isso, o Programa de Resiliência e Prevenção ao Suicídio (PRPS) conta com um espaço de acolhimento para qualquer pessoa que precise ser escutada com garantia, localizado no 2º andar do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), com horários de segunda a sexta-feira. Além do Projeto Cuidar, serviço público que oferta escuta psicológica à pessoas em sofrimento psíquico, sobretudo em vulnerabilidade, às quintas-feiras, no Serviço de Psicologia Aplicada da UFPE (SPA).

O intuito é quebrar o tabu, acabar com o silêncio que permeia o tema, informar, esclarecer e estimular o diálogo. Assim, as pessoas se sentirão mais confortáveis para pedir e oferecer ajuda. 

 

(foto: Manuella Aguiar)
Data da última modificação: 30/09/2019, 14:13