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Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 9 em 2019

“INTERPRETAÇÕES BIOESTRATIGRÁFICAS E PALEOECOLÓGICAS, COM BASE EM NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS, DO PALEÓGENO, SITES 354 (DSDP) E 929E (ODP) - ELEVAÇÃO CEARÁ - ATLÂNTICO EQUATORIAL”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 9 em 2019

 

Aluno(a): Flávia Azevedo Pedrosa Lemos

 

Orientador(a): Prof. Dr. Mário Ferreira de Lima Filho

 

Coorientadores(as): Prof.ª Dr.ª Maria Dolores Wanderley (UFRJ) e Prof. Dr. Cléber Fernandes Alves (UFRJ)

 

Título da pré-tese: “INTERPRETAÇÕES BIOESTRATIGRÁFICAS E PALEOECOLÓGICAS, COM BASE EM NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS, DO PALEÓGENO, SITES 354 (DSDP) E 929E (ODP) - ELEVAÇÃO CEARÁ - ATLÂNTICO EQUATORIAL”

 

Data: 06/09/2019

 

Horário: 14h

 

Local: Sala de Reunião (Sala 209) do 2.º andar do Laboratório Integrado de Tecnologia em Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Universidade Federal de Pernambuco (LITPEG/UFPE)

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Mário Ferreira de Lima Filho (Orientador)

2.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Enelise Katia Piovesan (PPGEOC/CTG/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Sonia Maria Oliveira Agostinho da Silva (PPGEOC/CTG/UFPE)

4.º Examinador(a): Dr. Rogério Loureiro Antunes (UFRJ)

5.º Examinador(a): Prof. Dr. Felipe Antonio de Lima Toledo (USP)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Gerson Fauth (UNISINOS)

2.º Examinador(a): Dr. Cleber Fernandes Alves (Coorientador)

 

Resumo:

 


A Elevação Ceará está localizada no Oceano Atlântico Equatorial, a mesma apresenta-se sob uma coluna de água de aproximadamente três mil metros e está limitada a Norte, Leste e Sul pela Planície Abissal Ceará, e na porção Oeste/Sudoeste, pela Bacia da Foz do Amazonas. A Elevação Ceará é caracterizada morfologicamente como um alto topográfico submarino e está inserida na região de crosta oceânica. Teve sua gênese no Campaniano, durante o processo de cisalhamento das Placas Sul-Americana e Africana. Foi submetida aos efeitos provocados por grandes mudanças ambientais no Oligoceno, como as novas dinâmicas de circulação oceânica que se moldaram através de eventos geológicos. Sua elevada profundidade e distância da costa brasileira justificam, em parte, a carência de estudos detalhados modernos. Esta tese objetiva reconhecer e integrar o estudo bioestratigráfico dos nanofósseis calcários do Paleógeno e suas interpretações paleoecológicas. As amostras de testemunho analisadas foram cedidas pelo Deep Sea Drilling Project (DSDP) e pelo Occean Drilling Project (ODP), previamente selecionadas para o intervalo referente ao Paleógeno. Devido ao tipo de amostras obtidas serem provenientes de testemunhos de sondagem (cuttings), o método utilizado para a identificação de biozonas foi baseado na primeira e última ocorrência dos táxons. Foram confeccionadas cinquenta e cinco lâminas pelo método de decantação padrão e, durante a descrição das espécies, estudos quantitativos foram realizados. Tais observações relacionam-se à riqueza específica e à abundância, que foram balizadas em função da profundidade das amostras. A partir da distribuição estratigráfica das espécies, a seção investigada foi refinada bioestratigraficamente e, posteriormente, intervalos cronoestratigráficos foram identificados. Dentre os nanofósseis calcários descritos e registrados destacam-se: Ilselithina fusa, Isthmolithus recurvus, Reticulofenestra umbilicus, Sphenolithus pseudoradians, Sphenolithus ciperoensis, Discoaster barbadiensis, Discoaster saipanensis, Sphenolithus intercalaris, Clausicoccus subdistichus, Sphenolithus distentus, Sphenolithus predistentus, Cyclicargolithus abisectus, Helicosphaera recta, Helicosphaera prolixa, Helicosphaera clarissima, Discoaster multiradiatus, Discoaster sublodoensis, Discoaster lodoensis, Discoaster tanii, Coccolithus pelagicus, Toweius eminens, Helicosphaera euphratis, Triquetrorhabdulus milowii, dentre outros. Todas as principais espécies foram devidamente fotografadas e mensuradas, a fim de ilustrar o estudo e construir um biozoneamento de detalhe no intervalo em questão. Foram descritas um total de seis biozonas, referentes ao intervalo Eoceno/Oligoceno, no Site 354 e onze biozonas relativo ao intervalo Paleoceno/Eoceno/Oligoceno, no Site 929E. Como atividades futuras, serão integrados os dados qualitativos, quantitativos e isotópicos (delta18O e delta13C) com o objetivo de detectar as principais variações no comportamento dos nanofósseis, correlacionando-os aos principais eventos paleoclimáticos para o intervalo estudado.

 

 

Palavras-chave: Nanofósseis calcários; Elevação Ceará; Atlântico Equatorial.