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Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 8 em 2019

“ESTUDOS SEDIMENTOLÓGICOS, ESTRATIGRÁFICOS E GEOQUÍMICOS DOS SEDIMENTOS OCORRENTES EM LAGOA DO CARRO E CARPINA/PE”

Programa de Pós-Graduação em Geociências – CTG/UFPE

 

Exame de Qualificação ao Doutorado n.º 8 em 2019

 

Aluno(a): Rizelda Regadas de Carvalho

 

Orientador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann

 

Coorientador(a): Prof. Dr. Almany Costa Santos (UFPE) e Prof. Dr. José Antonio Barbosa (UFPE)

 

Título da pré-tese: “ESTUDOS SEDIMENTOLÓGICOS, ESTRATIGRÁFICOS E GEOQUÍMICOS DOS SEDIMENTOS OCORRENTES EM LAGOA DO CARRO E CARPINA/PE”

 

Data: 01/08/2019

 

Horário: 14h

 

Local: Sala de Reunião do PPGEOC/CTG/UFPE (sala 326), localizada no 3.º (terceiro) andar do edifício escolar do Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco

 

Banca Examinadora:

 

Titulares:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. Virgínio Henrique de Miranda Lopes Neumann (Orientador)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. Valdir do Amaral Vaz Manso (PPGEOC/UFPE)

3.º Examinador(a): Prof. Dr. João Adauto de Souza Neto (PPGEOC/UFPE)

4.º Examinador(a): Prof.ª Dr.ª Rochana Campos de Andrade Lima Santos (UFAL)

5.º Examinador(a): Prof. Dr. Alex Souza Moraes (UFRPE)

 

Suplentes:

 

1.º Examinador(a): Prof. Dr. José Antonio Barbosa (PPGEOC/UFPE)

2.º Examinador(a): Prof. Dr. José Diniz Madruga Filho (UFPE)

 

Resumo:

 

Os sedimentos ocorrentes nos municípios de Lagoa do Carro e Carpina/PE sempre foram mapeados como pertencentes à Formação Barreiras. Mas, recentemente, eles foram mapeados como sedimentos diferenciados no Projeto Rio Capibaribe CPRM, 2016 como sendo provenientes de fontes distintas. O município de Lagoa do Carro está associado como sedimentos provenientes de material retrabalhado (elúvio/colúvio), e Carpina como pertencentes da Formação Barreiras. Com a intenção de se investigar mais a fundo esses sedimentos, este estudo teve como objetivo caracterizar, quanto a sua origem, os sedimentos superficiais que ocorrem no município de Lagoa do Carro comparando com os de Carpina, assim como compreender a proveniência desses sedimentos, trabalhando com a hipótese se eles são da Formação Barreiras ou não. Para isso foram realizadas oito etapas de campo, com coletas de vinte e uma amostras em doze afloramentos de Lagoa do Carro, e quinze amostras de sete afloramentos de Carpina. Também se realizou coleta de cinco amostras da Formação Barreiras no município de Araçoiaba/PE na intenção de comparar com os resultados encontrados nos municípios em questão. As amostras foram submetidas a quatro tipos de análises as quais foram: Minerais Pesados (MP), Espectrometria de Reflectância (ER), Difratometria de Raios-X (DRX) e Termoluminescência Opticamente Estimulada (LOE) Essas análises objetivaram atingir os seguintes resultados: MP (origem e proveniência); ER (geração de curvas espectrais de reflectância); DRX ( análise mineralógica) e LOE ( datação).Foram utilizadas também as amostras de calha de dezessete poços profundos perfurados pelo IPA em 2017, no município de Lagoa do Carro. Esses dados tiveram como finalidade de elaborar os perfis litológicos, e conhecer a espessura desse pacote sedimentar até atingir o embasamento, correlacionando esses perfis através um painel de correlação estratigráfica. Os minerais pesados com frequência em todos os afloramentos de Lagoa do Carro foram: O zircão, ilmenita, apatita e magnetita e considerados os mais abundantes. Seguidos das turmalinas + rutilos, como comuns, mas não ocorrem em todos os afloramentos. Os minerais com menor ocorrência e considerado raro nas amostras foram o anfibólio, a monazita, silimanita e as micas. Em Carpina, os abundantes foram a magnetita, ilmenita e turmalina. Os comuns foram o zircão e a apatita. Os raros são o rutilo, as micas, a monazita e a silimanita. O único mineral não ocorrente em Carpina foi o anfibólio. Apesar das ocorrências minerais não serem idênticas nos dois municípios, o que se observa até então é a semelhança mineral nas duas áreas. O tipo de rocha fonte sugere para o rutilo+ zircão+ monazita+ apatita+ ilmenita uma origem de uma rocha ígnea ácida ou supracrustal. O rutilo + zircão + turmalina também podem estar associados a sedimentos retrabalhados. A existência da silimanita e magnetita indica uma fonte metamórfica de alto grau. A análise de ER apresentou como resultados parciais as mesmas características espectrais de solo, elúvio/colúvio e sedimentos inconsolidados, nos dois municípios os quais foram: Goethita, caulinita e ferro férrico. Nas amostras analisadas por DRX os resultados obtidos foram: quartzo, caulinita e biotita. Sendo esse último com ocorrência só em amostras de poços. Algumas amostras analisadas pelo método de LOE, em Lagoa do Carro foram relacionadas aos intervalos de tempo entre 59,51±18,28ka ( RL-29c) e 101,59±39,86ka (RL-27a). Em Carpina entre 48,70±12,17ka (RCa-11b) e 50,80±7,14ka (RCa-13b) significando uma idade de sedimentos do Pleistoceno.

 

Palavras-chave: Sedimentos Pleistocênicos; Luminescência Opticamente Estimulada; Origem e Proveniência.